MUNDO
China tem reabertura lenta após aliviar restrições da covid-19
MUNDO
A julgar pelas ruas tranquilas nesta sexta-feira (9) na capital da China, Pequim, e pela relutância de algumas empresas em abandonar as restrições de covid-19, os temores permanentes pelo coronavírus devem dificultar um retorno rápido à normalidade na segunda maior economia do mundo.
Embora o governo tenha afrouxado na quarta-feira (7) partes importantes de sua rígida política sanitária de “covid-zero”, que manteve a pandemia sob controle nos últimos três anos, muitas pessoas parecem ter medo de ser rápidas demais em se livrar das medidas.
Na cidade central de Wuhan, onde o novo coronavírus surgiu no final de 2019, havia mais sinais de vida com algumas áreas ocupadas por passageiros nesta sexta-feira. Mas os moradores dizem que o retorno ao normal está muito longe.
“Eles afrouxaram as medidas, mas ainda não há ninguém por perto”, disse um taxista de sobrenome Wang, que não quis revelar seu nome completo.
“Você vê essas estradas, essas ruas … elas deveriam estar ocupadas, cheias de gente. Mas não há ninguém. Está tudo morto aqui”.
No entanto, a China não tem estado tranquila nas últimas semanas, com protestos contra as restrições da covid-19 em muitas cidades, que marcaram a maior demonstração de descontentamento público desde que o presidente Xi Jinping chegou ao poder há uma década.
Pouco mais de um mês depois que a Comissão Nacional de Saúde enfatizou o compromisso com sua política rígida de contenção de vírus, dizendo que estava “colocando pessoas e vidas em primeiro lugar”, as autoridades mudaram de rumo e agora dizem que as pessoas têm menos a temer.
Mas há sinais de que a nova mensagem tranquilizadora ainda precisa convencer muitos dos 1,4 bilhão de habitantes do país.
Com a diminuição da necessidade de testes e a maioria das pessoas infectadas podendo se isolar em casa, algumas adotaram as novas liberdades. Para outros, os hábitos formados durante meses de lockdowns estão se mostrando difíceis de quebrar.
No metrô de Pequim, muitos assentos estavam vazios na noite de sexta-feira (9) que deveria ser o horário de pico, embora a cidade nesta semana tenha descartado a necessidade de apresentar testes negativos para andar de trem ou entrar em escritórios.
Alguns restaurantes do centro estavam desertos na hora do almoço.
A contagem da China de 5.235 mortes relacionadas à covid-19 é uma pequena fração de sua população de 1,4 bilhão e extremamente baixa para os padrões globais. Alguns especialistas alertaram que a conta pode subir acima de 1,5 milhão se a reabertura for muito apressada.
Os fabricantes também permanecem cautelosos, mantendo as restrições da covid-19 até obterem uma imagem mais clara de como os locais de trabalho serão afetados pelo afrouxamento de medidas rigorosas.
Analistas e líderes empresariais esperam que a economia da China se recupere no final do próximo ano, seguindo o caminho difícil trilhado pelo resto do mundo para se abrir e tentar conviver com a doença.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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