MUNDO
Cinco municípios apresentam programas de segurança alimentar na Europa
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Representantes de cinco cidades brasileiras estão na Europa, até o dia 27 de junho, para apresentar suas experiências em segurança alimentar, em uma missão da Embrapa Alimentos e Territórios, no projeto Cidades e Alimentação: Governança e Boas Práticas para Alavancar os Sistemas Alimentares Urbanos Circulares, financiado pela União Europeia no Brasil por meio do programa Diálogos EU-BR.
Comitivas de Maricá (RJ), Curitiba, Recife, Rio Branco e Santarém (PA) viajaram no último dia 17 e visitarão as cidades de Valência e Barcelona, na Espanha; Turim e Milão, na Itália; e Gante e Bruxelas, na Bélgica.
A troca de experiências com as cidades europeias visa a fortalecer os sistemas alimentares urbanos, as cidades brasileiras vão apresentar projetos como praças agroecológicas.
A viagem também tem como objetivo fazer estudos de casos sobre sistemas alimentares urbanos de forma sustentável com as cidades participantes do Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (LUPPA), para o desenvolvimento de políticas públicas com as diretrizes do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana.
A missão terá encontros bilaterais com representantes dos departamentos da Comissão Europeia envolvidos em ações de fortalecimento de sistemas alimentares urbanos sustentáveis.
Também estão previstas visitas a projetos e iniciativas, como o Porta Palazzo, que recupera alimentos não vendidos para distribuir gratuitamente e destina resíduos orgânicos para compostagem, na Itália, e iniciativas sobre redução do desperdício de alimentos, fortalecimento a circuitos curtos de produção e consumo, redistribuição de alimentos, hortas pedagógicas e ações que conectam varejo com organizações sociais, na Bélgica.
Horta comunitária
Maricá, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, se tornou uma das referências mundiais em agroecologia e agricultura urbana, após ter participado recentemente do 8º Fórum Global do Pacto de Política Alimentar Urbana de Milão, realizado em outubro de 2022, no Rio de Janeiro, e da Conferência da ONU de Mudanças Climáticas, a COP27, que ocorreu em novembro do mesmo ano, no Egito.
A cidade fluminense começou a implementar hortas comunitárias em praças públicas (foto em destaque) em 2020, e já conta com cinco praças agroecológicas, também chamadas de jardins comestíveis. Outras quatro estão previstas. A iniciativa não só oferece alimentos de forma gratuita como também incentiva a população a cultivar em casa.
As praças contam com 36 canteiros e 60 espécies de plantas, em espaços que incentivam a produção de alimentos orgânicos com técnicas que preservam o meio ambiente. Repolho, berinjela, couve, rúcula, rabanete e alface são alguns dos produtos que moradores de Maricá e turistas podem colher e levar para casa, de graça.
Outros projetos devem ser apresentados na viagem, como Hortas nas Escolas, restaurante municipal, caminhão do peixe, fábrica municipal de desidratados, Selo de Inspeção Municipal, plantio de árvores frutíferas em áreas públicas, feira de agricultura familiar, apicultura, mercado municipal para produtores locais, reciclagem de matéria orgânica e desenvolvimento de técnicas para a produção agrícola.
*Estagiário sob supervisão de Vinícius Lisboa
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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