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Cônsul de Israel nega haver genocídio contra palestinos em Gaza

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O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, negou, nesta quarta-feira (1ª), haver um genocídio contra o povo palestino. Para ele, as críticas feitas pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Gustavo Petro, da Colômbia, e Gabriel Boric, do Chile, que condenaram as ações militares israelenses que estariam atingindo também civis palestinos, mostram que os presidentes desses países estão “mal informados” sobre o que, de fato, está ocorrendo na região. 

“Qual a fonte que os presidentes da América Latina têm sobre essa informação? Eu mostrei aqui, claramente, que quem controla a informação que sai de Gaza [é o Hamas]”, disse ele. “Eles estão mal informados sobre o que está acontecendo”, completou, durante entrevista coletiva promovida pelo Consulado Geral de Israel, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a StandWithUs Brasil. 

Nesta semana, o presidente Lula disse que a guerra no Oriente Médio é um genocídio. Ontem, o presidente do Chile, Gabriel Boric, escreveu em suas redes sociais que chamou de volta o embaixador de seu país em Israel “ante as inaceitáveis violações do Direito Internacional Humanitário que Israel cometeu na Faixa de Gaza”.O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também anunciou a convocação da embaixadora colombiana em Israel, Margarita Manjarrez. 

Na coletiva, o cientista político e presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, também ressaltou que não se pode falar em genocídio sendo praticado por Israel. “Genocídio significa tribo de morte ou a destruição total e parcial por motivos étnicos-religiosos. Israel tem dois milhões de árabes e parte desses árabes serve ao Exército. E parte deles estão lutando contra o Hamas. Se tem árabes/mulçumanos lutando contra árabes/mulçumanos não é genocídio”, falou.

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Críticas à imprensa

Durante a entrevista, o cônsul-geral também criticou o tratamento da imprensa brasileira sobre a guerra, destacando que a informação que chega à imprensa “está controlada pelo Hamas”. 

“A informação que está saindo de Gaza é distorcida. Por que estão publicando que há 8 mil civis mortos em Gaza? Estou dizendo com 100% de segurança que Israel está atacando o Hamas. Israel está chamando todos os civis para saírem da zona de conflito e de guerra. Israel está dando condições para eles receberem ajuda humanitária. O objetivo [de Israel] é o Hamas”, falou o cônsul.

Informações da ONU

Segundo as Nações Unidas, mais de 8,3 mil pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro. Entre elas estariam 3,4 mil crianças. Já em Israel foram 1,4 mil mortes. A Organização das Nações Unidas (ONU) ressalta que estes números são passados pelo Ministério da Saúde Palestino e pelo governo israelense.

Em constante contato com a reportagem da Agência Brasil, o palestino-brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, tem mostrado sua rotina na Faixa de Gaza, enquanto espera autorização para, junto com outros brasileiros, deixar a região e embarcar no Egito rumo ao Brasil. No início desta semana, um prédio ao lado de onde ele estava abrigado foi atingido pelo exército israelense. Há cerca de duas semanas, parentes seus foram mortos por um outro bombardeio de Israel.

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“A notícia que recebemos é de que mais de 60 pessoas moravam nesse prédio. Muito triste, um cara cidadão do bem, trabalhador, não tem nada a ver com isso”, lamentou Rabee, na ocasião.  

A Agência Brasil procurou a Secretaria de Comunicação do governo federal, que informou que não vai se manifestar sobre as falas do cônsul.

Vídeo com imagens do Hamas

Antes da entrevista, foi apresentado um vídeo de cerca de 43 minutos com imagens dos ataques promovidos pelo Hamas no dia 7 de outubro. No vídeo, são apresentadas imagens feitas por câmeras de segurança, pelas vítimas e pelos próprios membros do Hamas de ataques a pessoas em carros, dentro de casa e também em uma festa de música eletrônica.

Os jornalistas foram impedidos de entrar com seus celulares ou câmeras durante a exibição dos vídeos. A proibição de reprodução dessas imagens acontece em respeito às famílias das vítimas e serve para “mostrar que houve atrocidades” que foram cometidas pelo Hamas.

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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