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Coreia do Norte retoma testes de mísseis

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A Coreia do Norte disparou o que aparenta ser um míssil balístico neste domingo (27), disseram autoridades militares da Coreia do Sul e do Japão, no que é o primeiro teste desde que o país dono de arsenal nuclear realizou um número recorde de lançamentos em janeiro.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que a Coreia do Norte disparou um suposto míssil balístico em direção ao mar ao largo de sua costa leste a partir de uma base próxima a Sunan, onde fica o aeroporto internacional de Pyongyang.

O aeroporto foi o local dos testes de mísseis, incluindo um par de mísseis balísticos de curto alcance disparados no último dia 16 de janeiro.

O míssil deste domingo voou a uma altitude máxima de cerca de 620 quilômetros, a um alcance de 300 quilômetros.

Analistas disseram que os dados do voo não correspondem aos testes anteriores e sugeriram que poderia ser um míssil balístico de médio alcance disparado em uma trajetória de longo alcance.

“Houve lançamentos frequentes desde o início do ano, e a Coreia do Norte segue desenvolvendo rapidamente a tecnologia de mísseis balísticos”, disse o ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi, em um comunicado televisionado. A Coreia do Norte está ameaçando a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional, disse ele.

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Os Estados Unidos condenaram o último lançamento e pediram à Coreia do Norte que cesse os atos desestabilizadores, mas disseram que o teste não representa uma ameaça imediata, disse o Comando Indo-Pacífico dos EUA.

O último teste da Coreia do Norte havia sido em 30 de janeiro, quando disparou o míssil balístico de alcance intermediário Hwasong-12.

Maior arma testada desde 2017, o Hwasong-12 teria voado a uma altitude de cerca de 2.000 quilômetros, com alcance de 800 quilômetros.

O lançamento deste domingo ocorre menos de duas semanas antes das eleições presidenciais da Coreia do Sul, que acontecem em 9 de março. Tóquio e Seul temem que Pyongyang possa avançar com o desenvolvimento de mísseis enquanto a atenção internacional está focada na invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Este lançamento ocorre enquanto a comunidade internacional está respondendo à invasão russa da Ucrânia, e se a Coreia do Norte está fazendo uso dessa situação é algo que não podemos tolerar”, disse ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi.

O Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul convocou uma reunião de emergência para discutir o lançamento, que considerou “lamentável”, de acordo com um comunicado.

“Lançar um míssil balístico em um momento em que o mundo está se esforçando para resolver a guerra na Ucrânia nunca é desejável para a paz e para a estabilidade no mundo, na região e na península coreana”, disse o comunicado.

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O principal candidato conservador Yoon Suk-Yeol alertou na semana passada que a Coreia do Norte poderia ver a crise na Ucrânia como “uma oportunidade para lançar sua própria provocação”.

Candidatos e analistas notaram, no entanto, que mesmo antes da invasão, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, estava pensando em aumentar a frequência de testes de mísseis enquanto as negociações com os Estados Unidos e seus aliados seguem paralisadas.

“A Guerra de Putin molda quase toda a geopolítica no momento, e deve ser considerada em algum lugar no cálculo de Kim – mas mesmo ‘tirar vantagem da distração’ parece presunçoso para afirmar, já que (a Coreia do Norte) já estava testando de forma agressiva antes da guerra”, afirmou John Delury, professor da Universidade Yonsei da Coreia do Sul, no Twitter.

Em seus primeiros comentários desde a invasão da Ucrânia pela Rússia na quinta-feira (24), o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte publicou no sábado (26) uma declaração de um pesquisador chamando os Estados Unidos de “causa raiz” da crise europeia por buscar sanções e pressões unilaterais enquanto desconsidera as demandas legítimas da Rússia por sua segurança.

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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