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Costa Rica busca maior produtividade e sustentabilidade do cacau

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Ann-Elin Norddal é norueguesa e chegou à Costa Rica há cerca  de 15 anos. Atualmente, é uma das cofundadoras de uma microempresa de cacau no país caribenho. O outro cofundador é o marido de Ann-Elin, o costa-riquenho Aldo Sánchez. Juntos, eles criam as duas filhas e cuidam da plantação de cacau no quintal de casa, em Turrealba, a 70 quilômetros da capital San José. O projeto tem o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

“Muita gente come chocolate todos os dias, mas nem imagina como o processo realmente funciona”, disse Ann-Elin. Ela lembra que, atualmente, poucas pessoas apreciam, por exemplo, o chocolate com altas concentrações de cacau – a maioria ainda prefere o popular chocolate ao leite, onde há pouco fruto e muito açúcar.

“Torcemos para que aconteça com o cacau como o que ocorreu no mundo dos vinhos. Um excelente trabalho de marketing ajudou a educar os consumidores sobre os bons vinhos”, destaca a microempresária.

“Queremos fazer do plantio do cacau na Costa Rica algo atrativo novamente e, para isso, precisamos de soluções rentáveis”, destacou Aldo. Segundo ele, o projeto começou pequeno, mas, atualmente, a microempresa e a plantação de cerca de 4 hectares já se preparam para iniciar o processo de exportação do chocolate produzido na Costa Rica. “Se fala muito hoje em economia circular, segurança alimentar. Ter o apoio de instituições como o IICA é fundamental. Não podemos pensar que, na Costa Rica, vamos competir em volume de produção. O foco precisa ser a qualidade.”

San José (CR) 03/10/2023 – Especial Costa Rica, Cacau costa-riquenho  Foto: Paula Laboissiêre/Agência Brasil San José (CR) 03/10/2023 – Especial Costa Rica, Cacau costa-riquenho  Foto: Paula Laboissiêre/Agência Brasil

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Cacau costa-riquenho – Paula Laboissiére/Agência Brasil

De acordo com o coordenador do Programa AgroInnova do IICA, Pedro Avendaño, a entidade aposta em projetos como o de Ann-Elin e Aldo no intuito de torná-los replicadores de um modelo de cultivo para outros produtores locais. “São o que chamamos de produtores e produtoras líderes. Trata-se é um modelo de cultivo do cacau sem trabalho infantil e com muito aprendizado sobre a cultura do cacau. É um setor que estava muito deprimido, mas que estamos levantando”, concluiu. 

*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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