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Criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos supera expectativas

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Donos de empresas nos Estados Unidos contrataram mais trabalhadores do que o esperado em novembro deste ano e aumentaram os salários, apesar dos crescentes temores de recessão, o que pode complicar a intenção do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de começar a desacelerar o ritmo de suas altas de juros neste mês.

A criação de vagas fora do setor agrícola totalizou 263 mil no mês passado, disse, hoje (2), o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego. Os dados de outubro foram revisados para cima para mostrar abertura de 284 mil postos, em vez dos 261 mil informados anteriormente.

Economistas consultados pela agência de notícias Reuters previam a criação de 200 mil empregos em novembro. As estimativas variaram de 133 mil a 270 mil.

A contratação nos EUA continua forte, embora empresas de tecnologia, incluindo Twitter, Amazon e Meta, controladora do Facebook, tenham anunciado milhares de cortes de empregos.

Economistas disseram que essas empresas estavam se ajustando após contratações excessivas durante a pandemia de covid-19. Eles observaram que as pequenas empresas continuam desesperadas por trabalhadores.

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Ao final de outubro, havia 10,3 milhões de vagas disponíveis nos Estados Unidos, muitas delas nas áreas de lazer e hotelaria, saúde e assistência social.

Desemprego

A taxa de desemprego manteve-se inalterada em 3,7% em novembro. O salário médio por hora aumentou 0,6%, após avançar 0,5% em outubro. Isso elevou o ganho anual dos salários a 5,1% contra 4,9% em outubro. O crescimento dos salários atingiu um pico de 5,6% em março.

O relatório de emprego norte-americano veio após dados terem mostrado desaceleração da inflação em outubro. Ainda assim, o mercado de trabalho continua apertado, com 1,7 emprego para cada desempregado em outubro, devendo manter o Fed em sua trajetória de aperto monetário pelo menos até o primeiro semestre de 2023.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse, na quarta-feira, que o banco central dos EUA pode reduzir o ritmo de seus aumentos de juros “já em dezembro”. As autoridades do Fed se reúnem em 13 e 14 de dezembro.

O Fed já elevou sua taxa básica de juros em 3,75 pontos percentuais este ano, de quase zero para uma faixa de 3,75% a 4,00%, no ciclo de aumento mais rápido desde a década de 1980.

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Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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