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Embaixada da Ucrânia espera posição forte do Brasil sobre guerra

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O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse esperar que o Brasil condene fortemente o ataque russo ao território ucraniano. Ele também considera importante que sanções econômicas sejam impostas pelo governo brasileiro.

Nesta noite, o Brasil votou a favor da resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenava a invasão da Rússia à Ucrânia. No entanto, a resolução não foi aprovada pelo voto contrário da Rússia, que faz parte do conselho.

O encarregado tratou a ação russa como uma violação do direito internacional. “Não é uma questão de apoiar um país ou outro. É uma questão de estar a favor dos valores democráticos”, acrescentou.

Tkach destacou que sanções econômicas já foram impostas à Rússia por Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela União Europeia. Ele cobrou que outros países tomem medidas similares de solidariedade à Ucrânia. Também pediu apoio através do envio de armas e de recursos financeiros.

A guerra entre Ucrânia e Rússia tem raízes profundas. Em 2014, um governo mais próximo da política russa foi deposto em decorrência de protestos da população  e substituído por outro alinhado ao ocidente. A oposição celebrou o episódio como uma revolução, enquanto o então presidente Viktor Yanukovych considerou ter sido vítima de um golpe de Estado.

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O presidente russo Vladmir Putin sustenta agir em defesa da população russa de Lugansk e Donetsk, no leste ucraniano. Ele já havia reconhecido as declarações de independência feitas por movimentos separatistas nestas duas regiões. Nos últimos meses, Putin também justificou movimentações militares como uma reação à aproximação entre a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), antiga aliança militar articulada pelos Estados Unidos e outros países ocidentais em meio a Guerra Fria.

Por sua vez, o governo ucraniano afirma que houve uma violação de sua soberania e acusa a Rússia de ter projetos imperialistas na região. Em 2014, a Crimeia, até então outra região da Ucrânia, foi anexada à Federação Russa.

Risco nuclear

Anatoliy Tkach também lamentou a tomada da Usina Nuclear de Chernobyl por militares russos. Trata-se de uma área restrita e monitorada em função do desastre ocorrido em 1986, quando a explosão de um reator causou de imediato dezenas de mortes e demandou a evacuação de 48 mil habitantes dos arredores. Até hoje a extensão dos impactos não é plenamente conhecida e não se sabe quantas pessoas desenvolveram problemas em decorrência da exposição à radiação.

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“As forças russas não permitem a atuação do pessoal da usina nuclear. É uma grave violação das normas de segurança técnica”, disse Tkach. Dispositivos que medem a radiação teriam, segundo ele, detectado níveis mais altos que o normal. “Já que não temos acesso ao território, acreditamos que isso é provocado pelo movimento de equipamentos militares russos pesados e a suspensão de poeira radioativa no ar”, avaliou.

Apesar das preocupações, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou uma nota em seu site informando que a Usina Nuclear de Chernobyl continua dentro dos parâmetros de segurança. O órgão foi informado da situação pela Ucrânia e pediu que as operações seguras e protegidas das instalações não sejam afetadas ou interrompidas.

“As leituras informadas pelo regulador – de até 9,46 microSieverts por hora – são baixas e permanecem dentro da faixa operacional medida na Zona de Exclusão desde que foi estabelecida e, portanto, não representam nenhum perigo para o público”, registra a nota a AIEA. A agência informou que acompanhará de perto a situação e fornecerá atualizações regulares.

*Matéria alterada às 21h10 para esclarecimento de informações

Edição: Claudia Felczak

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Pior Incêndio de Los Angeles: Aviões, Bombeiros e Caminhões no Combate ao Fogo

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Los Angeles enfrenta o incêndio mais destrutivo de sua história, que já consumiu bairros inteiros e obrigou milhares de moradores a abandonar suas casas. Uma força-tarefa composta por aviões-tanque, caminhões e bombeiros foi mobilizada para combater o fogo e dar apoio às vítimas.

O incêndio teve início na terça-feira (7), em Pacific Palisades, e se espalhou rapidamente, atingindo quase 1.200 hectares. A região, conhecida por abrigar mansões de bilionários e celebridades, foi gravemente afetada.

Até quinta-feira, as chamas continuaram a se alastrar incontroláveis, com vários focos atingindo áreas turísticas e Hollywood. Pelo menos 1.900 imóveis, incluindo casas, empresas e escolas, foram destruídos. Aproximadamente 130 mil pessoas foram orientadas a evacuar, enquanto 400 mil residências ficaram sem energia elétrica. O saldo até o momento é de pelo menos cinco mortos.

A operação de combate ao incêndio conta com aviões, helicópteros e caminhões de bombeiros. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio de 10 helicópteros e dezenas de veículos para reforçar a operação. Além disso, o governo federal enviará cinco aviões-tanque para ajudar no combate às chamas.

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Crise no abastecimento de água
As autoridades locais pediram à população que economizasse água depois que alguns hidrantes secaram. Bombeiros enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento na região de Pacific Palisades, o que foi destacado pela chefe do Departamento de Água e Eletricidade de Los Angeles, Janisse Quiñones. Ela explicou que a cidade dispõe de três grandes tanques de água, cada um com capacidade para um milhão de galões (aproximadamente 3,78 milhões de litros), mas a situação de abastecimento segue crítica. Imagens mostraram aviões bombeiros retirando água do mar para combater as chamas. Além disso, algumas áreas estão sendo orientadas a ferver a água potável devido à contaminação.

Ajuda aos desalojados
A Casa Branca está monitorando a situação e enviou recursos para auxiliar os desalojados. Voluntários têm se mobilizado para distribuir alimentos, roupas e cobertores em abrigos temporários, como o Centro de Convenções de Pasadena, onde centenas de pessoas receberam apoio da Cruz Vermelha.

Assistência financeira e remoção de veículos
O governador Gavin Newsom informou que o apoio federal também incluirá o envio de recursos financeiros para os governos locais, a fim de cobrir os custos de resposta ao incêndio. Imagens de TV mostraram tratores removendo carros abandonados das estradas para permitir a passagem dos veículos de emergência.

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