MUNDO
EUA acusam Rússia de criar listas de ucranianos “a serem mortos”
MUNDO
Em carta enviada à alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, os Estados Unidos (EUA) alertam para “catástrofe” em caso de uma invasão russa da Ucrânia. Washington diz ter “informações credíveis” de que Moscou está criando listas de ucranianos “a serem mortos ou enviados para campos” após ocupação militar. O Kremlin rejeita a acusação e afirma que é “mentira absoluta”.
Na carta, divulgada pelo Washington Post, os EUA dizem estar “seriamente preocupados que uma nova invasão russa na Ucrânia cause sofrimento humano generalizado” e uma “catástrofe dos direitos humanos”.
O documento é assinado pela embaixadora dos EUA na ONU, Sheba Crocker, e endereçada à alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. De acordo com o texto, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou que “a Rússia tem como alvo grupos específicos de ucranianos”.
“Gostaria de chamar a atenção para informações perturbadoras, recentemente obtidas pelos Estados Unidos, que indicam que estão sendo planejadas violações e abusos de direitos humanos após nova invasão”, diz a carta.
“Esses atos, que em operações russas anteriores incluíram assassinatos seletivos, sequestros/desaparecimentos forçados, detenções injustas e uso de tortura, provavelmente teriam como alvo aqueles que se opõem às ações russas”, acrescenta a mensagem. Croker descreve que os alvos dos militares russos incluem “opositores ao regime russo, dissidentes russos e bielorrussos exilados na Ucrânia, jornalistas e ativistas anticorrupção e populações vulneráveis, como minorias étnicas e religiosas e pessoas LGBTQI+”.
“Também temos informações credíveis de que as forças russas provavelmente usarão medidas letais para dispersar protestos pacíficos ou enfrentar exercícios pacíficos de resistência por parte da população civil”, acrescenta o documento.
A carta foi enviada na noite de domingo ao gabinete de direitos humanos da ONU na Suíça, segundo o Washington Post.
“Mentira absoluta”
O Kremlin reagiu à carta da embaixadora dos EUA da ONU, argumentando que a suposta lista de ucranianos é “mentira absoluta”. A embaixada dos EUA em Moscou alertou os norte-americanos sobre possíveis ataques em locais públicos na Rússia, afirmando que deveriam ter planos de evacuação em vigor. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu o aviso como “altamente incomum”.
A carta é divulgada no momento em que se tentam os últimos esforços diplomáticos para evitar uma invasão russa na Ucrânia. Depois de ter se reunido mais uma vez com o presidente russo, Vladimir Putin, nesse domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que Putin e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, estarão de acordo, “em princípio”, com a realização de uma cúpula sobre segurança. Moscou, entretanto, disse que não há, por agora, planos concretos nesse sentido e que é “prematuro” falar dessa possibilidade.
O porta-voz do Kremlin afirmou, porém, que Moscou continua aberta a negociações. “Há um entendimento de que o diálogo deve continuar ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros”, disse Peskov, acresentando que “se necessário, os presidentes russo e norte-americano podem ter uma conversa telefônica ou entrar em contato por outros métodos”.
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) convocou para hoje reunião extraordinária dos seus 57 países-membros para discutir a escalada de tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia também se reúnem nesta segunda-feira em Bruxelas, com o chanceler ucraniano.


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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