MUNDO
Europa deve se preparar para guerra iminente, diz premiê polonês
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O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, alertou que a Europa entrou em “era pré-guerra” após a invasão da Ucrânia pela Rússia e que o continente não está preparado. Tusk apela, por isso, aos países europeus, que intensifiquem o investimento em defesa.
“Não quero assustar ninguém, mas a guerra já não é um conceito do passado. É real e começou há mais de dois anos”, alertou Donald Tusk, em entrevista a um grupo de jornais europeus na sexta-feira (29).
“Sei que parece devastador, especialmente para a geração mais jovem, mas temos de nos habituar ao fato de que uma nova era começou: a era pré-guerra. Não estou exagerando, está ficando mais óbvio a cada dia”, insistiu.
O primeiro-ministro polonês diz que a Europa está vivendo “o momento mais crítico desde o fim da Segunda Guerra Mundial” e afirma que “o mais preocupante neste momento é que literalmente qualquer cenário é possível”.
Os avisos de Tusk surgem cinco dias depois de um míssil russo ter violado o espaço aéreo da Polónia durante ataques russos contra o território ucraniano. A entrada de um dos mísseis no espaço aéreo da Polónia levou o país a decretar o estado de alerta.
Desde então, Tusk intensificou os alertas e apelou aos líderes europeus para que reforcem o investimento na Defesa, afirmando que se a Ucrânia for derrotada pela Rússia, ninguém na Europa poderá sentir-se seguro.
Independentemente do resultado das eleições presidenciais norte-americanas deste ano, o primeiro-ministro polonês argumenta que a Europa seria um aliado mais atraente para os EUA, caso se tornasse mais auto-suficiente militarmente.
Não se trata de a Europa alcançar a autonomia militar dos EUA ou de criar “estruturas paralelas à Otan”, explicou Tusk, afirmando que todos os países europeus deveriam gastar pelo menos 2% do PIB em defesa.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, as relações com o Ocidente atingiram o ponto mais baixo desde a Guerra Fria e a OTAN tem estado em alerta para um eventual conflito a larga escala.
No entanto, o presidente russo tem rejeitado qualquer intenção de atacar um país da OTAN. A ideia foi reiterada na quarta-feira, com Vladmir Putin a classificar como “absurdo” e um “completo disparate” a ideia de que a Rússia se prepara para atacar a Europa.
Putin considera que o objetivo do Ocidente é apenas intimidar para conseguir mais dinheiro.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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