MUNDO
Furacão Idalia chega à Geórgia depois de causar estragos na Flórida
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O furacão Idalia atingiu a costa do Golfo da Flórida nesta quarta-feira com ventos fortes, chuvas torrenciais e ondas fortes antes de enfraquecer, mas direcionando sua fúria para o sudeste da Geórgia, onde enchentes prendiam alguns moradores em suas casas.
Horas depois do Idalia atingir a costa como um poderoso furacão de categoria 3 em Keaton Beach, na região de Big Bend, na Flórida, com ventos de cerca de 201 km/h, as autoridades ainda tentavam avaliar a extensão total dos danos nas áreas mais atingidas.
Imagens de vídeo e fotografias da região mostravam águas oceânicas avançando sobre rodovias e bairros atingidos por extensas inundações ao meio-dia (horário local).
Numa conferência de imprensa no final da tarde, o governador da Florida, Ron DeSantis, disse que não houve relatos imediatos de vítimas fatais do furacão e que parecia que a maioria dos residentes em áreas baixas e vulneráveis tinha acatado as ordens de deixarem esses locais e os avisos para se deslocarem para terrenos mais elevados.
DeSantis falava em Perry, uma cidade que fica a cerca de 35 quilômetros ao norte de onde o Idalia chegou e que sofreu alguns dos piores danos da tempestade. Faltava eletricidade em toda a comunidade, todos os estabelecimentos privados tinham sido fechados e muitas casas ficaram vazias.
Mais de 75 pessoas foram resgatadas das enchentes em Saint Petersburg, informou a cidade na plataforma de rede social X. Um vídeo mostrou duas equipes de resgate em um pequeno barco circulando por um bairro inundado sob fortes chuvas.
Em Valdosta, na Geórgia, cerca de 129 km a nordeste de Tallahassee, equipes de barcos de emergência realizavam resgates de moradores presos em casas, de acordo com a página da cidade no Facebook. Nenhum outro detalhe estava imediatamente disponível.
Tirando sua força das águas quentes do Golfo do México, Idalia desencadeou ventos destrutivos e chuvas torrenciais que deveriam causar inundações de até 5 m de profundidade ao longo da costa do Golfo da Flórida.
No início da tarde de quarta-feira, o olho do Idalia havia deixado a Flórida, disse DeSantis. Ele acrescentou que partes do Estado, especialmente no norte, ainda estavam sendo atingidas por tempestades.
A costa do Golfo da Flórida, a região sudeste da Geórgia e as partes orientais da Carolina do Norte e do Sul podem enfrentar de 100 a 200 milímetros de chuva até quinta-feira, com áreas isoladas registrando até 300 mm de chuva, alertou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).
As autoridades da Geórgia monitoravam o sistema à medida em que o Idalia entrava no Estado.
“Espero que esteja fora do Estado às 20h desta noite, talvez às 22h, e então poderemos começar a avaliar aqueles que foram atingidos primeiro”, disse o diretor da Agência de Gerenciamento de Emergências do Estado, James C. Stallings, em um briefing nesta quarta-feira.
A característica mais perigosa da tempestade é uma poderosa ressaca de ondas impulsionadas pelo vento, que deverá inundar áreas baixas, disseram as autoridades.
No meio da manhã, uma estação de monitoramento da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional em Steinhatchee, 32 quilômetros ao sul de Keaton Beach, mostrou águas atingindo 2,5 metros, bem acima do nível de inundação de 1,80 metro. Estações na área mais densamente povoada de Tampa mostraram “pequenas inundações” às 10h.
Dois motoristas morreram em acidentes separados relacionados à chuva na manhã de quarta-feira, de acordo com a Patrulha Rodoviária da Flórida. Na coletiva à tarde, DeSantis disse que só sabia de relatos “não confirmados” de mortes causadas pela tempestade.
(Reportagem de Maria Alejandra Cardona em Steinhatchee, Flórida, Marco Bello em Cedar Key, Flórida, Joey Roulette em Tampa, Flórida, Rich McKay em Atlanta, Brendan O’Brien em Chicago, Kanishka Singh, Jeff Mason e Nandita Bose em Washington)
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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