MUNDO
Gaza recebe auxílio via fronteira com Israel
MUNDO
A passagem Kerem Shalom entre Israel e Gaza foi aberta neste domingo (17) para caminhões de ajuda humanitária pela primeira vez desde o início da guerra, disseram autoridades, uma medida que visa dobrar a quantidade de alimentos e remédios que chega ao enclave.
A passagem foi fechada após um ataque do Hamas em 7 de outubro e a ajuda estava sendo entregue exclusivamente através da passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, que, segundo Israel, só poderia acomodar a entrada de 100 caminhões por dia.
Duas fontes do Crescente Vermelho Egípcio disseram à Reuters que os caminhões estavam começando a entrar no domingo pela passagem de Kerem Shalom a caminho de Gaza. Uma delas disse que havia 79 caminhões.
Kerem Shalom, na fronteira entre Egito, Israel e Gaza, é um dos principais pontos de trânsito de mercadorias que entram e saem de Gaza, e permite um deslocamento muito mais rápido do que a passagem de passageiros de Rafah a poucos quilômetros de distância.
Israel aprovou a entrada de auxílio na semana passada.
Mas a ajuda pode não chegar aos cidadãos de Gaza, disse o coronel Elad Goren, líder do Departamento de Civis do Cogat, o braço militar que coordena auxílio humanitário nos territórios palestinos. Segundo disse à Reuters, as agências humanitárias de Gaza ainda não ampliaram sua capacidade de distribuir auxílio para atender à demanda do fluxo de pessoas que fugiram para o sul após o alerta de Israel.
“Se a ONU não tiver a capacidade de coletar e distribuir não importa quantas passagens abrirmos”, disse Goren. “Eles não podem confiar no mesmo mecanismo que tinham antes da guerra”.
“Nós nos ajustamos”, disse Goren. “A ONU infelizmente não”.
As agências relevantes da ONU não foram encontradas imediatamente para comentar.
* Com Yusri Mohamed, no Cairo; Nayera Abdallah, em Dubai, e Emma Farge, em Genebra
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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