MUNDO
Na mensagem de Natal, papa lamenta terrível colheita de mortes em Gaza
MUNDO
O papa Francisco afirmou em sua mensagem de Natal, nesta segunda-feira (25), que as crianças que morrem nas guerras, inclusive em Gaza, são os “pequenos Jesuses de hoje” e que os ataques israelenses no local estavam provocando uma “colheita terrível” de civis inocentes.
Em seu discurso “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo) no Dia de Natal, Francisco também chamou de “abominável” o ataque de 7 de outubro contra Israel por militantes do Hamas e novamente pediu a libertação dos cerca de 100 reféns ainda mantidos em Gaza.
Francisco, de 87 anos, comemorando o 11º Natal de seu pontificado, pediu o fim dos conflitos políticos, sociais ou militares, em lugares como Ucrânia, Síria, Iêmen, Líbano, Armênia e Azerbaijão, e defendeu os direitos dos migrantes em todo o mundo.
“Quantos inocentes estão sendo massacrados em nosso mundo! No ventre de suas mães, em odisseias empreendidas em desespero e em busca de esperança, na vida de todos aqueles pequeninos cuja infância foi devastada pela guerra. Eles são os pequenos Jesuses de hoje”, disse.
Ele deu atenção especial à Terra Santa, incluindo Gaza, onde, de acordo com as autoridades de saúde palestinas, os ataques aéreos israelenses mataram dezenas de pessoas em uma das noites mais mortíferas do enclave sitiado na batalha de 11 semanas de Israel contra o Hamas.
“Que ela (a paz) chegue a Israel e à Palestina, onde a guerra está devastando a vida desses povos. Eu os abraço a todos, particularmente as comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa”, disse Francisco.
Falando da mesma sacada em que apareceu pela primeira vez ao mundo na noite de sua eleição, em 13 de março de 2013, ele disse que seu “coração sofre pelas vítimas do abominável ataque de 7 de outubro” e novamente pediu a libertação dos reféns.
Colheita terrível
“Peço o fim das operações militares com sua terrível colheita de vítimas civis inocentes e peço uma solução para a situação humanitária desesperadora por meio de uma abertura para o fornecimento de ajuda humanitária”, disse.
Na semana passada, um órgão apoiado pela ONU afirmou em um relatório que toda a população de 2,3 milhões de habitantes de Gaza estava enfrentando níveis de crise de fome e que o risco de fome estava aumentando a cada dia.
O Vaticano, que mantém relações diplomáticas tanto com Israel quanto com a Autoridade Palestina, acredita que uma solução de dois Estados é a única resposta para o conflito de longa data. Francisco pediu “um diálogo perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional”.
Dedicando um parágrafo inteiro de sua mensagem ao comércio de armas, Francisco disse: “E como podemos falar de paz, quando a produção, a venda e o comércio de armas estão aumentando?”
Ele pediu mais investigação sobre o comércio de armamentos.
“Deve-se falar e escrever sobre ele, de modo a trazer à luz os interesses e os lucros que movem as cordas dos fantoches da guerra”, disse.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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