MUNDO
“Não estão falando sério”, diz Hamas sobre proposta de cessar-fogo
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As negociações para um cessar-fogo de 40 dias na Faixa de Gaza continuam em impasse. O Reino Unido revelou que o acordo ainda está em cima da mesa. Em declarações à Al Jazeera, um porta-voz do Hamas acusou a proposta de Israel de não ser séria e disse que a Faixa de Gaza vai continuar a ser atacada no futuro. No entanto, a expectativa é de um andamento positivo nas conversações.
David Cameron, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, anunciou no início da tarde desta segunda-feira (29) que havia sido apresentada uma proposta de acordo ao Hamas e que esperava a decisão da entidade palestina.
“Uma proposta de cessar-fogo de 40 dias e libertação de milhares de prisioneiros palestinos em troca da libertação dos reféns israelenses foi apresentada ao Hamas”, declarou David Cameron na capital saudita, no Fórum Econômico Mundial.
“Espero que o Hamas aceite o acordo apresentado nesta segunda-feira no Egito e, francamente, toda a pressão e olhares do mundo deverão estar sobre eles esperando que aceite o acordo”, continuou o ministro britânico, revelando que o “sim” do Hamas levará ao fim dos combates.
Para além do acordo, David Cameron disse que, no futuro, deverá ser pensada uma solução de dois Estados e que os responsáveis pelo ataque do dia 7 de outubro deverão sair de Gaza para que toda a rede terrorista no território seja desmantelada, permitindo que Palestina e Israel convivam em paz.
“O povo palestino deve ter um futuro político mas a segurança de Israel também deve ser garantida, e estes dois elementos devem ocorrer simultaneamente”.
Já Antony Blinken declarou aos jornalistas que a proposta israelense é “muito generosa” e que a recusa do Hamas vai prolongar a ofensiva israelense por tempo indeterminado. Hamas tem “questões sérias” em relação ao acordo
Resposta do Hamas
Depois que o novo acordo foi proposto, um porta-voz do Hamas fez declarações à emissora Al Jazeera explicando que tem sérias questões sobre o acordo proposto por Israel. Osama Hamdan disse ao veículo de comunicação que quer a retirada de tropas da Faixa de Gaza e afirmou que Israel não está conduzindo o processo de forma séria.
“É claro que da parte israelense ainda há uma insistência sobre dois assuntos chave: não querem um cessar-fogo completo e ainda não estão tratando, de forma séria, a retirada de tropas da Faixa de Gaza. Na realidade, ainda estão tratando da presença das tropas, o que significa que vão continuar a ocupar Gaza”, disse Hamdan.
“Temos sérias questões para os mediadores. Se existirem respostas positivas, penso que podemos seguir em frente”, avaliou o porta-voz.
Sobre as declarações de Blinken, de que o acordo é “extremamente generoso”, Osama Hamdan afirmou que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é claramente um crime cometido por parte de Israel.
“Parar os ataques contra palestinos não é generoso. Os ataques em si constituem um crime, por isso quando se interrompe um crime, não é possível declarar que tal ato é generoso por parte de Israel”, concluiu Hamdan.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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