MUNDO
Norte-americanos celebram eclipse total do sol com aplauso e casamento
MUNDO
Multidões ao redor da América do Norte olharam para o céu para um sol escurecido em um crepúsculo ao meio-dia desta segunda-feira, comemorando o primeiro eclipse solar total no continente em sete anos com gritos, músicas e casamentos.
De um resort de praia mexicano perto de onde o eclipse chegou, às margens do rio Ohio e às cascatas estrondosas das Cataratas do Niágara na fronteira entre EUA e Canadá, as multidões que tiveram um vislumbre da “totalidade” do eclipse reagiram com expressões de espanto e alegria.
Em Russellville, no Arkansas, uma cidade com cerca de 30.000 moradores perto da única usina nuclear do Estado, quase 400 casais celebraram matrimônio à sombra da lua, em um casamento em massa batizado de “Elope (termo para o ato de fugir para casar às escondidas) e o Eclipse”.
Sabe-se que pelo menos dois casamentos e um pedido de casamento foram realizados entre as aproximadamente 2.000 pessoas que se reuniram no State Park das Cataratas do Niágara, apesar do céu nublado.
O clima prejudicou a experiência até as nuvens se abrirem momentaneamente para exibir os últimos 30 segundos de totalidade, e a multidão foi à loucura, aplaudindo e gritando.
Quando o céu começou a clarear novamente, uma banda acompanhou a retirada da sombra da lua com uma interpretação de “Man on the Moon”, música de sucesso da banda R.E.M. em 1992.
Onde o céu claro prevaleceu, os observadores que estavam na trajetória direta do eclipse foram brindados com o raro espetáculo da lua aparecendo como uma esfera escura rastejando em frente ao sol, brevemente bloqueando tudo, exceto uma brilhante aréola de luz, ou coroa, ao redor da borda externa do sol.
Foi o primeiro eclipse total em grandes faixas da América do Norte desde 2017.
À medida em que a totalidade se desenvolveu em um acampamento em North Hudson, no norte do Estado de Nova York, centenas de pessoas vibraram de emoção.
“Meu Deus!”, algumas disseram, quando o ar esfriou e luzes externas automáticas em prédios próximos se acenderam, enganadas pela escuridão.
A cidade balneária de Mazatlán, no México, foi o primeiro grande ponto de observação da totalidade. Milhares de pessoas usando óculos de proteção se acomodaram em espreguiçadeiras no calçadão e uma orquestra tocou a música tema de “Guerra nas Estrelas”, enquanto o céu escurecia sob a sombra lunar que se aproximava.
A multidão explodiu em gritos, aplausos e assobios quando o eclipse chegou à totalidade.
O período de totalidade, que durou até 4,5 minutos, dependendo da localização, foi precedido por vários outros efeitos estranhos do eclipse. Algumas estrelas cintilaram ao meio-dia, quando o crepúsculo desceu abruptamente, baixando as temperaturas e fazendo com que ondas tênues de “faixas de sombra” tremulassem na paisagem. Pássaros e outros animais selvagens ficaram em silêncio e parados.
Os fãs do eclipse viajaram de longe na esperança de vislumbrar o fenômeno em algum ponto do “caminho da totalidade”, que se estendeu por 4.000 kms da Costa do Pacífico do México, pelo Texas e outros 14 Estados dos EUA, até o Canadá. Espera-se que a sombra da lua deixe a América do Norte continental em Newfoundland.
Um eclipse parcial, no qual a lua obscurece apenas uma parte do sol, foi visível, na maior parte dos Estados Unidos continental, mesmo fora do caminho da totalidade, desde que o clima tenha permitido.
Com até 4 minutos e 28 segundos, o eclipse total superou a duração do fenômeno de 2017, de até 2 minutos e 42 segundos. Segundo a Nasa, as totalidades de eclipses solares podem durar de 10 segundos a 7,5 minutos.
O eclipse total de segunda-feira percorreu regiões mais populosas do que o de sete anos atrás, em um corredor com média de 185 kms de largura abrangendo cidades grandes como San Antonio, Austin e Dallas, no Texas; Indianápolis, em Indiana; Cleveland, em Ohio; Erie, na Pensilvânia, e Montreal, em Québec.
Cerca de 32 milhões de pessoas nos EUA vivem no caminho da totalidade. As autoridades federais projetaram que outras cinco milhões de pessoas viajariam para estar nele.
Demorou cerca de 80 minutos do momento em que a lua começou a cobrir o sol pela primeira vez ao momento da totalidade, e mais 80 minutos para completar o processo inverso.
* É proibida reprodução deste conteúdo
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Especialista alerta sobre os riscos do uso inadequado de cintas e coletes ortopédicos
-
MATO GROSSO7 dias atrás
MT Warriors Championship terá disputa feminina profissional
-
MATO GROSSO7 dias atrás
João Lucas Megiolaro apresenta seu primeiro recital solo na Casa do Parque
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Justiça autoriza nova blindagem ao Grupo Randon
-
MATO GROSSO5 dias atrás
FPA-MT quer agenda com governador para apontar falhas no sistema CAR 2.0
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Sebrae/MT promove AI Tour para capacitar líderes e empreendedores em Inteligência Artificial