Search
Close this search box.
CUIABÁ

MUNDO

Oriente Médio: palestinos e israelenses veem xenofobia e desinformação

Publicados

MUNDO

Há exatamente duas semanas, em 7 de outubro, o grupo Hamas fez ataques aéreos e terrestres a Israel, invadindo casas e levando reféns. Israel respondeu de imediato, com dezenas de aviões de combate bombardeando vários pontos da Faixa de Gaza. Com a escalada da violência, áreas residenciais e escolas foram bombardeados.  

Até o Hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, sofreu um ataque que matou 470 pessoas. O grupo Hamas acusa Israel de ter liderado o ataque aéreo que atingiu o hospital. Militares israelenses, no entanto, negam a responsabilidade pela ação e alegam que a unidade foi atingida por um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.  

Representantes das comunidades israelense e palestina no Brasil revelaram à Agência Brasil suas percepções sobre o conflito e o que sabem sobre a situação de parentes e conhecidos que estão na região. 

Antissemitismo

O presidente executivo da Federação Israelita do estado de São Paulo, Ricardo Berkiensztat, conta que a comunidade tem mantido contato com quem está em território israelense e que lá estão muito abalados, preocupados e tristes. Daqui, a federação tem ofertado ajuda psicológica a eles. 

“Estamos vivendo um luto e uma tristeza muito grande com o acontecido no último dia 7 de outubro em Israel. Todos nós temos família e amigos no país e ainda estamos tentando entender o que aconteceu naquele sábado”, disse.

Leia Também:  Polícia Federal deflagra operação contra rede de pornografia infantil

Segundo Berkiensztat, a comunidade acredita que Israel tem o direito e o dever de se defender e que, para que a paz volte à região, é preciso desmantelar o Hamas. 

Em relação à rotina da comunidade aqui no Brasil após a deflagração da guerra, ele aponta que sentiram aumento do antissemitismo. “E, para tanto, estamos atentos à segurança da comunidade em contato direto com os órgãos públicos para evitar quaisquer tipos de ameaça”, relatou. 

“As mídias sociais são o termômetro desta radicalização dos discursos de ódio que nos preocupam sobremaneira. Cancelamos todos os eventos festivos na comunidade judaica e temos investido na capacitação das pessoas sobre a história deste conflito e também em atendimento psicológico aos familiares que têm gente vivendo em Israel”, acrescentou Berkiensztat. 

Xenofobia

Coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh avalia que há uma crescente xenofobia e racismo contra palestinos no Brasil, neste momento, “em função da propaganda agressiva de guerra protagonizada pelos meios de comunicação de massa”. Ela ressalta que o ataque aos palestinos dura mais de 75 anos.

“Se não se compreender isso, vai se cair na propaganda de que é uma guerra entre Hamas e Israel, pontual e circunstancial. Não é isso”, acrescentou. 

“Intelectuais e políticos que se manifestam em solidariedade ao povo palestino e contra o genocídio em curso têm sido expostos e também perseguidos. Sabemos de ameaças, demissões e discurso de ódio contra a comunidade árabe e o povo palestino que é o oprimido na contínua Nakba [palavra árabe que significa catástrofe e designa a expulsão de palestinos de áreas que se tornariam Israel, em 1948]. Muitas fake news e muita criminosa irresponsabilidade em sua difusão precisam parar imediatamente”, denunciou. 

Leia Também:  Primeiro-ministro da Alemanha virá ao Brasil nas próximas semanas

Sobre a população que está nos territórios atacados, ela relata que estão em uma situação muito perigosa e que todos estão em risco de limpeza étnica na Cisjordânia e sob bombardeios em Gaza. “Um brasileiro-palestino que conhecemos, Hasan Rabee, está em Gaza com sua família à espera de ser repatriado. Seu primo, a esposa dele, filhos e netos do casal foram mortos num bombardeio ao prédio em que moravam”, contou. 

Em relação à dificuldade de evacuação de palestinos, ela avalia que é importante um corredor humanitário para entrada de ajuda humanitária e o cessar-fogo imediato. “Porém é preciso ir além, é necessário o governo brasileiro reconhecer o apartheid israelense e romper imediatamente relações e acordos com o Estado de Israel”, acrescentou.

Fonte: EBC Internacional

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MUNDO

Pior Incêndio de Los Angeles: Aviões, Bombeiros e Caminhões no Combate ao Fogo

Publicados

em

Los Angeles enfrenta o incêndio mais destrutivo de sua história, que já consumiu bairros inteiros e obrigou milhares de moradores a abandonar suas casas. Uma força-tarefa composta por aviões-tanque, caminhões e bombeiros foi mobilizada para combater o fogo e dar apoio às vítimas.

O incêndio teve início na terça-feira (7), em Pacific Palisades, e se espalhou rapidamente, atingindo quase 1.200 hectares. A região, conhecida por abrigar mansões de bilionários e celebridades, foi gravemente afetada.

Até quinta-feira, as chamas continuaram a se alastrar incontroláveis, com vários focos atingindo áreas turísticas e Hollywood. Pelo menos 1.900 imóveis, incluindo casas, empresas e escolas, foram destruídos. Aproximadamente 130 mil pessoas foram orientadas a evacuar, enquanto 400 mil residências ficaram sem energia elétrica. O saldo até o momento é de pelo menos cinco mortos.

A operação de combate ao incêndio conta com aviões, helicópteros e caminhões de bombeiros. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio de 10 helicópteros e dezenas de veículos para reforçar a operação. Além disso, o governo federal enviará cinco aviões-tanque para ajudar no combate às chamas.

Leia Também:  Rússia anuncia anexação de quatro regiões ucranianas

Crise no abastecimento de água
As autoridades locais pediram à população que economizasse água depois que alguns hidrantes secaram. Bombeiros enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento na região de Pacific Palisades, o que foi destacado pela chefe do Departamento de Água e Eletricidade de Los Angeles, Janisse Quiñones. Ela explicou que a cidade dispõe de três grandes tanques de água, cada um com capacidade para um milhão de galões (aproximadamente 3,78 milhões de litros), mas a situação de abastecimento segue crítica. Imagens mostraram aviões bombeiros retirando água do mar para combater as chamas. Além disso, algumas áreas estão sendo orientadas a ferver a água potável devido à contaminação.

Ajuda aos desalojados
A Casa Branca está monitorando a situação e enviou recursos para auxiliar os desalojados. Voluntários têm se mobilizado para distribuir alimentos, roupas e cobertores em abrigos temporários, como o Centro de Convenções de Pasadena, onde centenas de pessoas receberam apoio da Cruz Vermelha.

Assistência financeira e remoção de veículos
O governador Gavin Newsom informou que o apoio federal também incluirá o envio de recursos financeiros para os governos locais, a fim de cobrir os custos de resposta ao incêndio. Imagens de TV mostraram tratores removendo carros abandonados das estradas para permitir a passagem dos veículos de emergência.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA