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Países pedem envio de inspetores a central nuclear ucraniana

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Os líderes norte-americano, francês, alemão e britânico exigiram hoje (21) o envio rápido de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à central nuclear ucraniana de Zaporizhia, a maior da Europa, ocupada desde março pelas tropas russas.

Os presidentes norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, assim como o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, conversaram, por telefone, sobre o assunto.

Prejuízos da guerra

As perdas da economia ucraniana, com a guerra iniciada pela Rússia há quase seis meses, atingiram US$ 113,5 milhões, segundo estimativas divulgadas pela Escola de Economia de Kiev (KSE).

Os dados foram anunciados por Maksym Nefyodov, que lidera os projetos de apoio à reconstrução do país no Instituto KSE, um centro de estudos da instituição académica, segundo a agência Ukrinform.

De acordo com dados da KSE, a guerra danificou ou destruiu milhares de habitações, empresas, edifícios administrativos, estruturas de educação, aeroportos, centros comerciais e instalações de saúde e de serviços sociais, entre outras infraestruturas.

Nefyodov disse que os trabalhos em desenvolvimento estão centrados nas “necessidades de recuperação” do país, afirmando que é nessa direção que caminha o projeto Russia Will Pay (A Rússia irá pagar).

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O objetivo do projeto, segundo o site da KSE, é “documentar, verificar, analisar e estimar todos os danos materiais causados à infraestrutura física da Ucrânia”.

O projeto envolve a Presidência da República e os ministérios da Economia, da Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados, das Infraestruturas e do Desenvolvimento das Comunidades e Territórios da Ucrânia, contando com apoio norte-americano.

Nefyodov disse que as equipes da KSE analisam imagens da destruição e dos danos na infraestrutura da Ucrânia, obtidas com a ajuda de drones (aeronaves não pilotadas) e satélites.

Trata-se de registrar os danos causados pela guerra e oferecer soluções abrangentes para a reconstrução das cidades afetadas, acrescentou.

“Quando a reconstrução começar, queremos que as antigas infraestruturas soviéticas não sejam apenas restauradas”, disse, referindo-se ao tempo em que a Ucrânia fez parte da União Soviética.

“Queremos que essa infraestrutura seja mais confortável, satisfaça os princípios modernos do urbanismo e as normas europeias. Afinal, a Ucrânia já se tornou candidata à adesão à União Europeia [UE], e devemos estar prontos para a máxima integração”.

No início de julho, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, divulgou um plano de reconstrução da Ucrânia, com investimento em dez anos de US$ 750 milhões.

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O investimento inclui custos das reformas necessárias à adesão da Ucrânia à UE.

O plano foi divulgado durante encontro em Lugano, na Suíça, em que quase quatro dezenas de países, incluindo Portugal, e instituições assinaram declaração sobre princípios orientadores da reconstrução da Ucrânia.

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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