MUNDO
Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos
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Morreu hoje (31), aos 95 anos, no Estado da Cidade do Vaticano, o papa emérito da Igreja Católica Apostólica Romana, Bento XVI. Joseph Ratzinger exerceu o pontificado de 2005 a 2013. No último dia 28 de dezembro, o Vaticano informou que o estado de saúde de Bento XVI havia se agravado em razão do avanço da idade.
Em comunicado, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou sobre morte. “Com pesar informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 [horário local], no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas informações”, diz.
O papa emérito estava morando, desde 2013, no Mosteiro Mater Ecclesiae, nos Jardins do Vaticano. Ele era assistido por membros da associação leiga Memores Domini e pelo seu secretário pessoal, Dom Georg Gänswein.
O corpo do Papa emérito estará na Basílica de São Pedro a partir de segunda-feira (2). O funeral será na quinta-feira (5), às 9h30 locais na Praça São Pedro, presidido pelo Papa Francisco.
Joseph Ratzinger, nasceu em Marktl am Inn, no estado da Baviera, na Alemanha, em 16 de abril de 1927. De 1946 a 1951 estudou filosofia e teologia na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Frisinga e na Universidade de Munique, ambas na Alemanha. Foi ordenado sacerdote em 1951, nomeado cardeal em 1977, e prefeito da Congregação Para a Doutrina da Fé em 1981.
Em 19 de abril de 2005, foi eleito papa, em sucessão a João Paulo 2º, que havia falecido 17 dias antes, em 2 de abril. Segundo o Vaticano, Ratzinger foi eleito pelos cardeais como o 265º sucessor do apóstolo Pedro, fundador da Igreja Católica Apostólica Romana.
O papado de Ratzinger durou oito anos. Em 10 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI publicou uma declaração de renúncia ao pontificado. Ele foi o primeiro pontífice a renunciar ao cargo em 597 anos. “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino”.
“O mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado”, disse.
Vatileaks
Em 22 de fevereiro de 2013, o jornal italiano La Repubblica publicou uma reportagem informando que um relatório sobre o escândalo conhecido como Vatileaks entregue ao papa Bento XVI no mês de dezembro de 2012, teria sido a causa principal da renúncia de Ratzinger ao papado. O relatório foi feito pelos cardeais Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi.
O dossiê, de 300 páginas, continha, segundo o diário, a investigação completa sobre o vazamento de documentos secretos da Santa Sé e revelava disputas de poder, chantagens a membros do clero que faziam parte de uma rede de relações homossexuais, e mau uso de dinheiro no Vaticano. Segundo o jornal, Bento XVI decidiu abdicar do pontificado com o objetivo de permitir a entrada de um líder mais jovem e forte que pudesse agir diante das denúncias.
Bento XVI encerrou seu pontificado em 28 de fevereiro de 2013, sendo substituído pelo cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, que iniciou seu papado em 13 de março seguinte.
No início de 2022, o escritório jurídico Westpfahl Spilker Wastl (WSW), encarregado de investigar as acusações de abuso sexual na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019, publicou um relatório, comissionado com a arquidiocese, afirmando que o papa emérito Bento XVI não tomou medidas contra sacerdotes acusados em quatro casos de abuso sexual em sua arquidiocese quando era o arcebispo de Munique, de 1977 a 1982.
Em fevereiro de 2022, Bento XVI reconheceu que ocorreram erros no tratamento de casos de abuso sexual quando era arcebispo de Munique. Ele não mencionou diretamente, no entanto, as alegações presentes no relatório.
“Tive grandes responsabilidades na Igreja Católica. Ainda maior é minha dor pelos abusos e erros que ocorreram nesses diferentes lugares durante meu mandato”, disse na carta, sua primeira resposta pessoal ao relatório.
Com informações da agência Vatican News
Edição: Kelly Oliveira
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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