MUNDO
Segunda parte da operação de voos de repatriação terá início domingo
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O comandante da Força Aérea do Brasil (FAB), Marcelo Damasceno, disse nesta sexta-feira (13), em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o governo brasileiro vai iniciar a segunda parte da operação de repatriação de brasileiros que estão na região de conflito entre Israel e a o grupo palestino Hamas neste domingo.
“Vamos começar a segunda etapa da operação agora na próxima semana, com mais dois voos”, disse ele a jornalistas logo após a chegada do terceiro voo de repatriação na Base Aérea de Guarulhos (SP), ainda como parte da primeira etapa da operação. “Vamos chegar perto de mil pessoas agora [repatriadas com os voos da primeira etapa]”, explicou o comandante
“Nossa expectativa para essa segunda etapa da operação, que se inicia já no domingo, é que o primeiro avião da segunda etapa deve sair ainda de Tel Aviv. Os números indicam que devemos permanecer lá durante mais algum tempo. Entendemos que a manutenção desse corredor, a partir de Tel Aviv para o Brasil, para o [Aeroporto do] Galeão, no Rio de Janeiro – onde é mais fácil distribuir as pessoas para seus destinos finais – ainda é a melhor saída que encontramos”, explicou.
Foram feitos três voos de repatriação da operação apelidada de Voltando em Paz, contabilizando 494 passageiros de volta ao Brasil. Na manhã de hoje (13) chegou o terceiro desses voos, com 69 passageiros: cinco deles desembarcaram em Recife e, o restante, na Base Aérea de Guarulhos. Todos esse voos saíram de Israel. Ainda estão previstos, nessa primeira etapa da operação, outros dois voos saindo de Israel, com chegadas no Rio de Janeiro entre amanhã (14) e domingo (15).
A Força Aérea também se prepara para fazer a primeira repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Uma aeronave VC-2 (Embraer 190), utilizada pela presidência da República, está pronta, no Aeroporto de Roma, na Itália, aguardando autorização das autoridades egípcias para a operação.
Esse avião deve pousar no Egito, já que a expectativa é que os brasileiros saiam pelo posto de fronteira de Rafah, que conecta Gaza com a Península do Sinai, no território egípcio.
“A coordenação toda desse voo [que deve repatriar brasileiros que estão na Faixa de Gaza] está sendo feita pelo Itamaraty, em um trabalho muito bem feito”, disse. “Nessa questão da Palestina, como estamos longe, fora de nosso setor estratégico, preferimos colocar nossos aviões lá em Roma. Um deles é o avião que atende a presidência, uma cessão feita pelo presidente [Lula] para que o avião estivesse disponível. E colocamos um outro avião para ficar lá de reserva. Então temos dois aviões em Roma. Quando houver a possibilidade de abertura dessa janela dentro daquele corredor humanitário, nós estaremos prontos para fazer essa missão, seja no Cairo [Egito] ou outro aeroporto mais próximo”, detalhou. “Apesar do momento ser muito complexo, sensível, estaremos prontos para fazer essa missão”. Segundo ele, caso o corredor humanitário seja aberto, um desses aviões seguirá para o Egito e, o outro seguirá para Jerusalém.
Chegada em Guarulhos
Antes de falar com a imprensa, o comandante da FAB foi saudado pelo familiar de uma brasileira, grávida, que chegou na Base Aérea de Guarulhos na manhã de hoje. “Vocês são ótimos”, disse o pai da brasileira ao comandante, agradecendo pelo voo de repatriação que trouxe a a filha de Israel para o Brasil, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas.
Segundo o comandante, esse voo que chegou em Guarulhos foi o primeiro de repatriação, vindo de Israel, feito com esse modelo de avião, um KC-390 Millennium da FAB. “Essa era a terceira perna, a terceira viagem desse primeiro pacote de cinco voos. Esse é um avião de transporte operacional. Esse avião teve que fazer algumas escalas. Decolamos de Tel Aviv (Israel) para Lisboa (Portugal) e de lá para Recife (PE), onde deixamos cinco brasileiros”.
Além dos 69 passageiros, o voo contou com cerca de 12 tripulantes, entre pilotos, médicos e psicólogos da Força Aérea. “Acho que foi muito bom a gente ter essa equipe multidisciplinar na área da saúde da Força Aérea. O Ministério da Saúde também se colocou à disposição para nos ajudar no pós-voo porque as pessoas se emocionam”, disse o comandante.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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