MUNDO
Sobreviventes deixam área de terremoto e foco se volta a desabrigados
MUNDO
Sobreviventes se juntavam nesta terça-feira (14) a um êxodo em massa de áreas atingidas pelo terremoto ocorrido na Turquia, com alguns deixando suas casas com pouca esperança de voltar ou de ver seus entes queridos sendo retirados dos escombros.
“É muito difícil… Vamos começar do zero, sem pertences, sem emprego”, disse Hamza Bekry, de 22 anos, um sírio originário de Idlib que vive há 12 anos em Hatay, no Sul da Turquia.
“Nossa casa desabou completamente. Vários de nossos parentes morreram, ainda há alguns sob os escombros”, acrescentou, enquanto se preparava para ir com sua família para Isparta, também no sul.
Bekry se tornará uma das mais de 158 mil pessoas que deixaram a vasta faixa do Sul do país, atingida pelo terremoto da semana passada, um dos tremores mais fatais da história moderna na região.
O desastre, que já soma mais de 37 mil mortes na Turquia e na vizinha Síria, devastou cidades inteiras em ambos os países, deixando sobreviventes desabrigados no frio intenso, às vezes dormindo sobre pilhas de escombros.
“Não tenho muitas expectativas desta vida, mas a vida de nossos filhos é importante”, disse Riza Atahan, de Hatay, enquanto colocava sua esposa e filha em um ônibus rumo a um local seguro a cerca de 300 quilômetros de distância.
Na devastada cidade de Aleppo, na Síria, o chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, disse ontem (13) que a fase de resgate estava “chegando ao fim”, com o foco voltado para abrigo, alimentação e educação dos sobreviventes que enfrentam baixas temperaturas no país.
Em um parque público na cidade de Gaziantep, no Sudeste da Turquia, refugiados sírios desabrigados pelo terremoto usaram lençóis de plástico, cobertores, papelão e pedaços de móveis quebrados para erguer tendas improvisadas.
“As pessoas estão sofrendo muito. Nós nos inscrevemos para receber barraca, ajuda ou algo assim, mas até agora não recebemos nada”, disse Hassan Saimoua, um refugiado que está com sua família no parque.
A busca por sobreviventes está prestes a terminar no Noroeste da Síria, controlado pela oposição, oito dias após o terremoto, afirmou o chefe do principal grupo de resgate dos Capacetes Brancos, Raed al Saleh.
“As indicações que temos são de que não há [sobreviventes], mas estamos tentando fazer nossas verificações finais e em todos os locais”, disse ele.
A Rússia também declarou que está encerrando seu trabalho de busca e resgate na Turquia e na Síria e se preparando para se retirar da zona de desastre.
Raras notícias de resgates oito dias após o desastre ainda surgiam, como a de um rapaz de 18 anos retirado com vida dos escombros de um prédio no Sul da Turquia, o terceiro resgate desta terça-feira.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, que é candidato em uma eleição marcada para junho que deve ser a mais difícil de suas duas décadas no poder, reconheceu problemas na resposta inicial ao desastre, mas disse que a situação agora está sob controle.
A Turquia enfrenta uma conta de até US$ 84 bilhões gerada pelo terremoto, segundo um grupo empresarial. O ministro da Urbanização da Turquia, Murat Kurum, disse que cerca de 42 mil edifícios desabaram e precisam urgentemente de demolição ou foram gravemente danificados em dez cidades do país
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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