MUNDO
Ucrânia: autoridades voltam a pedir à população para pegar em armas
MUNDO
O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje (25), em comunicado, que as Forças Armadas estão travando duras batalhas para repelir os ataques do Exército russo em todo o território e voltou a pedir o apoio da população.
O pedido partiu do próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que o fornecimento de armas a todos os cidadãos que desejam defender a soberania da Ucrânia já começou.
“Nossos militares precisam desse apoio. O principal é que precisam do apoio de nossa população. Temos um exército de pessoas poderosas. Nossa população também é um exército poderoso. Então, apoiem os militares”, disse Zelensky.
O dia amanheceu em Kiev com explosões e sirenes de alerta. Cerca de 3 milhões de pessoas vivem na capital ucraniana. Estima-se que, desde o início da invasão russa, mais de 100 mil pessoas fugiram de suas casas e dezenas de milhares deixaram a Ucrânia, segundo informações da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
O Ministério russo da Defesa confirmou que o Exército do país já está em Kiev, a capital ucraniana, e que áreas residenciais não serão atingidas
Zelensky pediu à imprensa que divulgue mais intensamente o sucesso das Forças Armadas ucranianas e as perdas do inimigo. “O inimigo sofreu pesadas perdas., que serão ainda maiores. A Ucrânia está sob ataque pelo ar por Norte, Leste e Sul”, disse.
“O futuro do povo ucraniano depende de cada cidadão. Todo mundo que tem experiência de combate e pode se juntar à defesa da Ucrânia deve se dirigir aos centros apropriados. O Ministério da Administração Interna envolverá veteranos na defesa do Estado”, acrescentou.
O presidente também pediu aos cidadãos que se unam à doação de sangue para os feridos. Zelensky disse que 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas no primeiro dia de operações, incluindo dezenas de civis.
Autoridades ucranianas orientaram a população a preparar coquetéis molotov para defender a capital e a se abrigarem em estações de metrô que foram transformadas em abrigos.
O chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou que o país não negociará enquanto a Ucrânia resistir. O objetivo de Moscou é, segundo Lavrov, desmilitarizar a Ucrânia.
Enquanto os Estados Unidos e os governos ocidentais impõem sanções a Moscou, Zelensky afirmou que se sente sozinho. “As forças mais poderosas do mundo assistem de longe. As sanções de ontem persuadiram a Rússia? Vemos em nossos céus e sentimos no chão que elas não são suficientes”, afirmou em vídeo divulgado no Telegram.
Edição: Graça Adjuto


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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