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Ucrânia: tropas resistem em Sievierodonetsk, após destruição de ponte

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A Ucrânia disse nesta terça-feira (14) que suas forças ainda estão resistindo dentro de Sievierodonetsk e tentando retirar civis, depois que a Rússia destruiu a última ponte para a cidade devastada no Leste, em um potencial ponto de virada em uma das batalhas mais sangrentas da guerra.

“A situação é muito difícil, mas há comunicação com a cidade”, apesar da destruição da última ponte sobre o rio Siverskyi Donets, afirmou o prefeito ucraniano de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk. “As tropas russas estão tentando invadir a cidade, mas os militares estão se mantendo firmes.”

A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos.

As retiradas ainda estão sendo realizadas “a cada minuto quando há uma calmaria e há possibilidade de transporte”, disse Stryuk. “Mas são retiradas discretas, feitas uma a uma, e todas as chances possíveis são aproveitadas.”

Ambos os lados afirmam ter infligido enormes baixas ao inimigo nos combates pela cidade, o principal alvo da Rússia em sua batalha pelo Leste depois que não conseguiu capturar a capital da Ucrânia, Kiev, em março.

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A Ucrânia ainda detém Lysychansk, a cidade gêmea de Sievierodonetsk em um terreno mais alto na margem oposta. Mas com todas as pontes agora cortadas, suas forças reconhecem o risco de serem cercadas se permanecerem. Os representantes separatistas da Rússia disseram que quaisquer tropas ucranianas deixadas para trás precisam se render ou serão mortas.

Damien Megrou, porta-voz de uma unidade de voluntários estrangeiros que ajudam a defender Sievierodonetsk, afirmou que existe o risco de deixar “um grande bolsão de defensores ucranianos isolados do resto das tropas ucranianas” – como em Mariupol, que caiu em maio após meses de cerco russo.

A batalha por Sievierodonetsk – uma cidade de pouco mais de 100 mil pessoas antes da guerra – é agora o maior combate na Ucrânia.

Kiev disse que está perdendo impressionantes 100 a 200 soldados a cada dia, com centenas de feridos. Em um discurso noturno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a batalha pela região de Donbas, no Leste, como uma das mais brutais da história europeia.

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A Rússia não fornece números regulares de suas próprias perdas, mas os países ocidentais dizem que foram enormes, já que Moscou comprometeu a maior parte de seu poder de fogo para cumprir um dos objetivos declarados do presidente Vladimir Putin: forçar Kiev a ceder todo o território de duas províncias no Leste do país.

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Armas

A jornalistas dinamarqueses, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy disse hoje que os militares da Ucrânia têm munição e armas suficientes, mas precisam de mais armas de longo alcance.

“Temos armas suficientes. O que não temos o suficiente são as armas que realmente atingem o alcance que precisamos para reduzir a vantagem do equipamento da Federação Russa”, disse em uma coletiva de imprensa online organizada pela editora dinamarquesa Berlingske Media.

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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