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FIGURINHA CARIMBADA

Alvo de operação, servidor já foi preso sob suspeita de fraude e crimes ambientais

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MATO GROSSO

Alvo da operação Desbaste, deflagrada pelo Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta quinta-feira (21), o analista ambiental Ronnky Chaell Braga da Silva é figura carimbada em investigações sobre esquemas de fraude a licenciamentos ambientais e sistemas de controle em Mato Grosso. Ele, que está lotado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), foi afastado de suas funções junto com outros 12 servidores.

Natural de Rondônia, o ex-candidato a deputado estadual Ronnky já foi preso em 2019 na Operação Polygonum, que visou combater ações fraudulentas na secretaria. Na ocasião, ele foi respondeu por Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

No dia 29 de agosto a juíza Ana Cristina Silva Mendes recebeu denúncia movida contra ele e sua esposa, Cacia Priscila Machado de Oliveira, pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes ambientais.

Já no dia 31, o Gaeco deflagrou a Operação Loki, um desdobramento da Polygonum, tendo também Ronnky e Cacia como alvos. Desta vez, eles foram acusados de lavagem de dinheiro e outros crimes ambientais.
Conforme a Polícia, foram realizados desmatamentos ilegais em 20 mil hectares. Os prejuízos ambientais foram calculados em R$ 495 milhões.

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De acordo com o Gaeco, em cinco anos Ronnky movimentou em sua conta mais de R$ 12 milhões, entre débito e crédito. Na época, como servidor da Sema, seu salário líquido era de pouco mais de R$ 11,6 mil.
Ainda de acordo com as investigações, o suspeito se valia de sua esposa para movimentar a quantia recebida.

Além disso, os investigadores apontaram que o casal teria tentado dilapidar o patrimônio após a deflagração da Operação Polygonum. Segundo o Ministério Público, eles teriam vendido duas casas e uma caminhonete Amarok, um Kia Sportage e um Toyota Corolla. Por conta disso, tiveram os bens bloqueados pela juíza.

Ronnky atua na Sema desde 2008 e, atualmente, tem o salário de R$ 20 mil.

Operação Desbate

A operação visa combater uma organização criminosa formada para fraudar licenciamentos ambientais e sistemas de controle ambiental. Além disso, os responsáveis atuaram na lavagem de dinheiro e outros ativos criminosos alcançados com desmatamento.

Os supostos líderes do esquema, conforme apurado pelo Olhar Direto, são os prefeitos de Feliz Natal e Cláudia, Altamir Kurten (PSDB) e José Antônio Dubiella (PSD), respectivamente.

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Trezes servidores da Sema foram afastados. São eles: Victor Carneiro Pereira da Fonseca; Eunice Luna Falqueto; Flavio Hoescher da Sival; Floriano da Cunha Pinheiro; Huelton Lima da Silva; Jackson Monteiro de Medeiros; Jean Paulo Bahia de Oliveira; Joelson Lucas de Albuquerque; Ricardo Heinen Borges da Silva; Bruna Ribeiro de Oliveira; Ana Paula Alves Gondim; Eduardo Silva Penna e Ronnky Chaell Braga da Silva.

Estão sendo investigados milhares de metros cúbicos de árvores de desmatamento principalmente na Floresta Amazônica. O esquema contava com a participação de engenheiros, agentes públicos e empresários. Ao todo, foram cumpridos 37 ordens judiciais, sendo 20 de mandados de buscas e apreensões e 17 medidas cautelares.

Além de Cuiabá, Cláudia e Feliz Natal, os mandados são cumpridos também em Sinop, Santa Carmem, Alta Floresta e Colniza.

Os investigados respondem pelos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção e outros crimes contra a administração ambiental, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 20 anos. O inquérito está sob sigilo judicial.

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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