POLÍCIA
Investigado burlou medidas cautelares para gastar dinheiro do tráfico em viagens luxuosas e voo de paraquedas
POLÍCIA
A movimentação criminosa do investigado consta na documentação reunida no inquérito policial que embasou a operação Apito Final, deflagrada no dia 02 de abril para prender a organização que criou um esquema milionário de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas na capital.
Além de ‘curtir’ livremente, junto com seus comparsas, bares, praias e hotéis de luxo na cidade de Balneário Camboriú, onde passou a virada de ano de 2023 para 2024, Paulo Witer também se divertiu saltando de paraquedas, atividades sustentadas com o dinheiro proveniente das ações criminosas do tráfico. No litoral catarinense, ele fez saltos de paraquedas no dia 30 de dezembro passado.
Contudo, em todo o período em que permaneceu em Santa Catarina, a tornozeleira eletrônica mostrava que Paulo supostamente estaria em Cuiabá, em seu apartamento em um condomínio em área valorizada da capital, ou seja, a quase dois mil quilômetros do local de onde ele de fato estava.
A GCCO apurou que o grupo liderado por Witer viajou de Mato Grosso ao sul do país em uma camionete Amarok, saindo de Cuiabá no dia 27 de dezembro, e chegou a Balneário Camboriú no dia 29, por volta das 11 da manhã. Na cidade permaneceram até o dia 1o de janeiro e depois retornaram a Cuiabá. Com o líder do grupo estavam outros quatro investigados.
“Todas as movimentações do investigado são feitas na certeza de que o sistema punitivo estatal é falho e em vários momentos inoperante”, ressaltaram os delegados da GCCO, Gustavo Belão e Rafael Scatolon.
Rio de Janeiro e Maceió
Na certeza da impunidade, Paulo Witer e seus dois fiéis comparsas viajaram mais uma vez, desta vez com destino ao Rio de Janeiro, onde se hospedaram em hotel de alto padrão na orla carioca. Informações reunidas no inquérito apontaram que o trio embarcou no Aeroporto Internacional Marechal Rondon no dia 17 de março. Apenas um deles, Alex Junior Santos de Alencar, retornou a Cuiabá.
Paulo Witer e Andrew Nickolas Marques dos Santos ficaram no Rio de Janeiro até 28 de março e depois embarcaram para Maceió. Na capital alagoana, ele se reuniu a outros comparsas e se hospedou em um resort urbano, na praia de Jatiúca, uma das melhores localizações da cidade. A proposta firmada com o resort apontava que o grupo participaria de um campeonato de futebol e custeado com dinheiro do tráfico de drogas, o grupo se hospedou em suítes de luxo superior no resort, cuja hospedagem ultrapassou os R$ 70 mil.
Paulo Witer, Andrew, Alex Júnior e Tayrone Fernandes de Souza acompanharam o time “Amigos WT” em um torneio de futebol em Maceió. O time amador foi criado por Witer para dissimular a lavagem de capitais da facção criminosa.
No dia 29 de março, a Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da Polícia Civil de Alagoas, prendeu os quatro investigados na capital alagoana, como parte da primeira ação da Operação Apito Final. Todos estavam com os mandados de prisão expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policial de Cuiabá, após a representação da GCCO.
No momento da prisão em Maceió, Paulo Witer também não utilizava a tornozeleira eletrônica, mais uma vez descumprindo as medidas judiciais.
No dia 02 de abril, o advogado de Paulo Witer, Jonas Cândido e também investigado como integrante da organização criminosa, foi preso na capital alagoana, onde estava a serviço do cliente.
Transferência para MT
Na semana passada, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (Nipo), determinou as transferências de Paulo e dos comparsas para Cuiabá. Eles estavam detidos em um presídio de segurança máxima em Alagoas, onde também foi cumprido o mandado de prisão contra Paulo que determinou a regressão do regime semiaberto para o fechado.
Em dezembro passado, Witer foi colocado no regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica, após cumprir 15 anos, de um total de 51 anos de penas impostas em diversos processos na justiça estadual.
O grupo foi transferido a Cuiabá e está detido na Penitenciária Central do Estado.
Operação Apito Final
Em uma investigação que durou quase 2 anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas, familiares e testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
A operação foi deflagrada no dia 02 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis, onde ele montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas a eventos esportivos.
A investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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