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CUIABÁ

MÁFIA DA COBRANÇA

Justiça mantém prisão de “fazendeiro agiota” que ameaçou empregada por dívida

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MATO GROSSO

O desembargador da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Gilberto Giraldelli, manteve a prisão de João Gabriel Brandão da Silva, um suspeito que se identifica como “fazendeiro”, preso por ameaça e extorsão contra uma mulher em Cuiabá.

Em decisão da última terça-feira (15) o desembargador explicou que o caso é complexo e que seria necessária a análise de outros elementos processuais para conferir a liberdade a João Gabriel – o que não é cabível por meio de um habeas corpus. O habeas corpus foi impetrado pelo advogado Ulisses Rabaneda.

“Nada obstante todos os argumentos lançados pelos impetrantes no intuito de desconstituir a medida segregatícia experimentada pelo paciente, diante da complexidade dos fatos trazidos ao conhecimento deste eg. Tribunal de Justiça por meio do presente remédio heroico, mostra-se imprescindível um confronto das informações a serem fornecidas pelo juízo a quo com uma análise mais acurada dos elementos de convicção constantes dos autos, a fim de verificar a alardeada existência de coação ilegal”, diz trecho do processo.

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Apesar de se declarar como um “fazendeiro” morador de Rondônia, João Gabriel foi preso depois de ameaçar uma mulher, e também a família dela, por conta de uma “dívida” que inicialmente seria de R$ 2,5 mil e que saltou para R$ 28 mil.

Investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) suspeitam que o fazendeiro, na verdade, seja um agiota. Seu mandado de prisão foi expedido no último dia 3 de agosto, de acordo com o habeas corpus que pede a sua liberdade.

“Sua velha vagabunda do caralho. Você vai pagar o restante que deve, porque assinou uma nota promissória, e ninguém está aqui para roubar os outros. Agora, do jeito que é sem vergonha vagabunda e está roubando o dinheiro dos outros, vá para a puta que pariu. Então, vá na polícia, denuncie. Alguém da sua família vai pagar. Pode denunciar. Agora, deixe de ser filha da puta e acerte essa dívida, sua desgraçada, porque eu, vou até no Satanás, buscar esse dinheiro, sua filha da puta”, disse o “fazendeiro” à mulher numa mensagem.

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João Gabriel também foi flagrado num vídeo junto a outros suspeitos de agiotagem fazendo uma “cobrança” contra um vendedor de joias em Cuiabá, vítima de “chicotadas” em razão do não pagamento de uma suposta dívida.

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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