HOMENAGEM CRIMINOSA
PM alega que fogos expõem “temor” do CV às forças de Segurança de MT
MATO GROSSO
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, reagiu ao foguetório organizado por membros da facção criminosa Comando Vermelho, na noite de terça-feira (24), em Cuiabá, feito em homenagem a Rudiney Rodrigues dos Santos, vulgo “Pinguim ou Motoqueiro”, que morreu após fraturar costelas ao fugir da prisão em Rondonópolis. A pirotecnia foi ouvida por diversos bairros da capital e outras cidades do Estado por volta das 21h00.
Segundo o chefe da PM, manifestações como essa servem para mostrar a força da Policia Militar no combate ao crime organizado. Mendes apontou que o uso de fogos de artifício pelas facções não afronta as Forças de Segurança, muito pelo contrário, expressa que a criminalidade teme a ação dos órgãos de segurança pública, que combate o crime “sem pirotecnia”.
O chefe da PM ressaltou, ainda, que os militares estão trabalhando para identificar os envolvidos, prevenir e coibir atos criminosos. “Vale ressaltar ainda que sinalizações como esta indicam, sobretudo, a intransigência das Forças de Segurança de Mato Grosso no combate ao crime organizado. Pois se vê que por aqui não há descanso nesse combate, ininterrupto, sem trégua. Principalmente, ressalto por fim, que o uso de fogos de artificio pelas facções, longe de afrontar apenas, expressam a temeridade destas em agir, pois sabem que no campo da Segurança Pública não há pirotecnia no combate ao crime organizado”, traz a nota.
MORTE DE PINGUIM
Rudiney Rodrigues dos Santos, de 40 anos, conhecido como “Pinguim”, membro do Comando Vermelho, morreu nesta terça-feira (24) no Pronto-Socorro de Várzea Grande. “Pinguim” havia escapado da Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, também conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (215 km de Cuiabá), na tarde da última sexta-feira, e acabou fraturando algumas costelas ao pular o muro da unidade.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o preso fugitivo procurou atendimento em uma unidade de saúde da cidade utilizando um nome falso e assinou um termo para deixar o local no mesmo dia. Posteriormente, ele foi ao PSM-VG, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. “Pinguim” era considerado como uma espécie de “juiz” dentro da facção, sendo responsável por ordenar execuções de membros da facção rival Primeiro Comando Capital (PCC) mesmo estando na prisão.
A morte de “Pinguim” foi sentida pelos membros do Comando Vermelho, que organizaram uma queima de fogos, em todo o Estado para homenageá-lo, na noite de terça-feira (24). Durante a noite desta terça-feira, foram registradas soltura de fogos em várias cidades, como Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Alta Floresta, Sorriso, Sinop, Itaúna, Juruena, Carlinda, Colíder, Querência, Lucas do Rio Verde, Nova Monte Verde, União do Sul, Marcelândia, Confresa, Nova Ubiratã, Cláudia, Água Boa, Juína, Primavera do Leste, Apeaça, Juara, Nova Bandeirante, Rondonópolis, Canarana, Tapurah, Jaciara, Campo Verde e Rosário. A população dessas cidades ficou surpresa com esses atos.
Alguns moradores chegaram a pensar que se tratava de uma pré-comemoração da partida entre Cuiabá e Corinthians, que ocorrerá nesta quarta-feira, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, um comunicado atribuído ao Comando Vermelho foi compartilhado em grupos de WhatsApp, informando sobre o falecimento de Rudiney.
O texto também solicitava um minuto de silêncio e queima de fogos às 21 horas em todas as regiões de Mato Grosso em sua homenagem. “Com uma tristeza infinita no coração que venho comunicar o falecimento de um grande amigo e irmão que certamente marcou as vidas daqueles que puderam conviver com ele. É uma notícia inesperada, mas a morte infelizmente surge a qualquer momento e por vezes leva as pessoas que nos são especial. E por essa grande perda em nossa família, o nosso vise previdente, nos informa através deste a todos da região sul, norte, leste, oeste de MT que as 21: 00 de hoje simultaneamente que todos façam um minuto de silêncio e uma queima de fogos em toda cidade MT e quebradas aqui na capital, por respeito e memória do nosso nobre irmão Rudiney vulgo motoqueiro e que Deus coloque ele em um bom lugar assim seja. SS: CVMT”, diz trecho do texto.


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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