18 FACADAS
Polícia: após matar a ex, empresário ameaçou o filho de morte
MATO GROSSO
Depois de esfaquear por 18 vezes a ex-esposa Simone Antunes da Silva, de 34 anos, o empresário Wanderson Silva de Oliveira, 36, ameaçou o filho de 12 por ter interferido no crime. A informação é da delegada responsável pelo caso, Renata Evangelista.

“[Depois ele] ainda virou e ameaçou o próprio filho de morte: ‘Você quer morrer também?’”
O feminicídio aconteceu na noite de quarta-feira (11), dentro do carro de Simone, quando ela saía de sua empresa em Sinop.
“O filho tentou socorrer, tentou tirar o pai de cima da vítima, e com as unhas conseguiu […], mas ele já tinha esfaqueado muito ela. [Depois ele] ainda virou e ameaçou o próprio filho de morte: ‘Você quer morrer também?’”, revelou Renata em coletiva à imprensa local.
De acordo com a delegada, o adolescente é filho de Simone, mas foi criado por Wanderson desde bebê, e o chamava de pai.
No dia do crime, o menor acompanhava a mãe no trabalho e presenciou toda a ação de Wanderson, junto de outros dois funcionários da loja.
“O filho achou que ela tivesse brigando com alguém que não fosse o suspeito. Ele [Wanderson] chegou de moto, e dentro do carro começou a esfaqueá-la com muita brutalidade”.
Apesar de ter sido socorrida com vida, Simone morreu momentos depois de dar entrada no Hospital Regional do Município.
Renata também informou que a vítima possuía medida protetiva contra Wanderson, que teria sido expedida em meados de setembro.
“Desde o dia 14, que a vítima já tinha brigado, já tinha a situação de solicitar medida, ele já vinha a perseguindo novamente. Nunca [devemos] desacreditar da maldade alheia”.
“Nesse tipo de crime passional […] a gente nunca sabe o que pode acontecer, não acha que a pessoa vai chegar a esse limite. […] Foram 18 facadas. Crime cruel demais”.
Investigação
Conforme a delegada, foi levantada durante a investigação a informação de que Wanderson teria ciúme de um dos funcionários que trabalha na empresa que tinha em conjunto com Simone.
“Eles têm um comércio em comum e já não estavam morando na mesma casa. Tinham dividido os bens de maneira informal entre eles. Não parecia que ia chegar nesse ponto”.
“O que se tem é que, supostamente, esse suspeito estava com ciúmes de um funcionário da empresa deles. Por conta do ciúmes desse funcionário, ele teria acabado com a família”.
Prisão
Wanderson se entregou na delegacia de Sinop na noite de quinta-feira (12), e teve seu mandado de prisão cumprido.
Em coletiva, a advogada de defesa, Lúcia de Souza, disse que Wanderson estaria “extremamente arrependido”.
“Protocolamos no dia 9 essa ação de reconhecimento e dissolução de união estável e aí quando foi no dia 11, ele infelizmente praticou este ato”.
“É claro que ele está abalado. Ele não está feliz com o que ele fez. Ele não demonstra e não há de estar. Está arrependido, extremamente arrependido, e está aí à disposição da Justiça”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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