POLÍCIA
Polícia Civil fecha primeiro semestre com quase 100 atendimentos realizados pela equipe de operações especiais
POLÍCIA
Cem acionamentos em todo estado de Mato Grosso foram atendidos pelas equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE), nos seis primeiros meses de 2023. Integrada à Diretoria de Atividades Especiais, a GOE atua no apoio a operações, atendimento de ocorrências sensíveis, entre outras ações que necessitam de conhecimento técnico específico, como entradas táticas, remoção de explosivos e resgate de reféns.
Com atribuição estadual, os operadores da GOE têm uma rotina de treinamentos com atividades teóricas, práticas e técnicas visando o preparo imediato para atender as demandas nos 141 municípios de Mato Grosso.
O coordenador da GOE, delegado Frederico Murta, explica que as equipes atendem chamado de qualquer delegacia, onde é necessário o emprego de algum recurso especial disponível.
Neste primeiro semestre, a GOE passou por processo de reestruturação orgânica e administrativa, com alterações nas divisões da gerência, protocolo de atendimento de ocorrências e rotina de treinamento dos operadores.
As novas diretrizes definem a participação direta da GOE na elaboração do planejamento operacional das operações. Houve também a ativação do Núcleo de Inteligência possibilitando realizar maior aproximação com as delegacias, otimizando o resultado e a efetividade das ações.
“O planejamento operacional para aplicação da estratégia, quando bem estruturado, traz maior qualidade nos resultados das investigações conduzidas pelas delegacias. E a GOE tem participação fundamental nesta etapa importante do inquérito policial, razão pela qual as equipes têm sido acionadas com frequência”, destacou o delegado.
Treinamento
O treinamento contínuo dos policiais civis é apontado como uma das evoluções da GOE neste primeiro semestre de 2023.
Para a manutenção do condicionamento dos operadores, a Seção de Ensino elabora semanalmente o cronograma obrigatório de atividades para os operadores, que tem como exigência as respectivas participações.
Periodicamente, todos os policiais civis da GOE são submetidos a testes de aptidão física, acompanhados por educadores físicos, a fim de constatar o condicionamento mínimo exigido para permanência na unidade.
Capacitação
De janeiro a junho de 2023 foram promovidos pela GOE, em parceria com a Academia de Polícia (Acadepol), três cursos de capacitação.
No mês de abril foi realizada a 3ª Edição do Curso de Operações Policiais para capacitar profissionais da segurança pública, com qualificação técnica operacional, que os habilita a atuar futuramente na GOE. O treinamento em Cuiabá durou 21 dias e formou 15 novos operadores, que passaram a integrar o cadastro de reserva de operadores da GOE.
Outro destaque foram as duas edições do Curso de Operador de Mandado de Alto Risco, realizadas em Sinop e Cuiabá. Considerado compacto e intenso, o COMAR busca o nivelamento operacional básico do policial civil para que possa atuar em uma das suas atividades-fim, cumprimento de mandados judiciais, com maior eficiência e segurança.
Durante seis dias de curso, os alunos passam por treinamentos como abordagem, atendimento pré-hospitalar, tiro policial, entradas táticas e planejamento operacional.
Apoio operacional
Em abril, com a ocorrência do roubo tentado a uma empresa de valores em Confresa, a GOE foi acionada para atendimento. Na ocasião, um grupo criminoso fortemente armado aterrorizou moradores e causou pânico na cidade. Com auxílio de aeronaves do Ciopaer, equipes da GOE foram para a região e ainda nas primeiras horas após o fato, deram início às buscas pelos criminosos.
Os operadores da GOE foram alguns dos primeiros a desembarcarem em Tocantins, região onde foi realizado o cerco policial e permaneceram por vários dias atuando nas buscas. A operação, que mobilizou forças de segurança de quatro estados da federação, culminou com a localização da maior parte dos envolvidos diretamente na tentativa de roubo.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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