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NOVOS TEMPOS

Ações em prol do agro aproximam produtores de Lula, diz Fávaro

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MATO GROSSO

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que há bom diálogo entre o governo do presidente Lula (PT) e o agronegócio, e que houve uma redução na fatia do setor que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Fávaro foi o convidado do UOL Entrevista desta quarta-feira.

“Tem [essa força bolsonarista no agronegócio], mas ela já foi muito mais forte”, afirmou o ministro. Fávaro contou que Lula atribuiu a ele a tarefa de reestabelecer a conexão com o setor. “Um dos vieses é relembrar dos governos Lula 1, Lula 2, quando houve um grande avanço brasileiro na produção de alimentos”, disse.

“Nós começamos o governo, sim, com um viés ideológico […], mas nada supera o trabalho. A hora que a gente começa a ter o bom diálogo, o presidente Lula tendo ações concretas, a gente vem arrebanhando, falando, mostrando que a política pública vem acontecendo em prol da continuidade do desenvolvimento.” – Carlos Fávaro, ministro da Agricultura

O ministro citou o maior Plano Safra da história, e disse que o restabelecimento da diplomacia abriu novos mercados, como a exportação de carne bovina para o México e de frango para Israel.

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“Isso tudo está mostrando aos produtores e produtoras que o governo apoia o [setor] agropecuário. A próxima eleição é lá em 2026, lá todo mundo tem direito de ter democraticamente seu candidato, mas agora é hora de trabalhar, e eu percebo uma unidade muito grande do setor em torno das políticas públicas.” – Carlos Fávaro, ministro da Agricultura

Eleição na Argentina: ‘É muito mais difícil conversar com quem não quer’

Fávaro também comentou a eleição presidencial na Argentina. O segundo turno é disputado entre o governista Sergio Massa e o opositor ultraliberal Javier Milei. “É muito mais difícil falar com quem não quer conversar”, disse, em alusão a falas de Milei contrárias ao governo Lula.

O ministro afirmou que o governo respeita a escolha do povo argentino. “Eu não estou aqui dizendo que a gente tem preferência por A ou por B. É óbvio que com quem a gente tem um bom diálogo é um facilitador da implementação de políticas públicas bilaterais, mas o importante é respeitar a decisão soberana do povo argentino nas urnas.”

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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