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CUIABÁ

NA MIRA DA COMISSÃO DE ÉTICA

Botelho determina ‘pente fino’ nas redes sociais de Cattani e avalia contratação de perito

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MATO GROSSO

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (UNIÃO), determinou que a Comissão de Ética da Casa faça uma extensa análise nas redes sociais do deputado Gilberto Cattani (PL) e, se necessário, contrate um perito para embasar as decisões no âmbito dos processos disciplinares que o liberal enfrenta.

Cattani foi denunciado pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT) e pela Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT), após comparar mulheres com vacas em pelo menos três ocasiões diferentes.

Na última semana, um novo oficio foi apresentado pedindo a cassação do deputado, com base em denúncia formalizada pela vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), que acusa Cattani de incitar a opinião pública contra ela.

No primeiro caso, a Comissão de Ética já elaborou um relatório e deve agendar uma votação do parecer até a próxima semana. Na situação envolvendo Maysa Leão, um novo trâmite ainda será estabelecido.

Botelho pediu desculpas à vereadora e informou que determinou uma análise minuciosa das redes sociais de Cattani – onde foram publicados os vídeos que ensejaram a primeira denúncia e também o trecho editado de uma fala de Maysa, no qual insinuava que ela defendia estupradores.

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“Eu determinei que eles façam uma análise de todos os posts do deputado, se necessitar contratem um perito para fazer essa avaliação e depois apresentem para a Presidência uma sugestão do que deve ser feito. Eu entendo [a revolta da Maysa] e peço até desculpas para a vereadora. Porque realmente, nós deputados temos que pensar no que falamos, no que vai ser publicado, devemos ser claros no que queremos dizer pra que não seja interpretado de maneira errada. Às vezes, uma colocação como me parece que foi feito, dá a entender que a vereadora estava protegendo estupradores e em nenhum momento ela defendeu, nem disse que não queria punições. Eu vi toda a conversa, ela simplesmente discordou do deputado. Cattani defendeu que fosse feita castração como antigamente, no facão, ela discordou disso, chamou de medieval. Simplesmente isso. As opiniões precisam ser respeitadas e o deputado tem que entender isso”, disse Botelho.

No dia 10 de agosto, Cattani e Maysa participaram, como convidados, de um podcast. Três dias depois, o deputado publicou em seu Instagram trecho de 1 minuto e 5 segundos do programa. Na peça, os entrevistados discutem sobre castração de estupradores.

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Maysa vem argumentando que o trecho publicado sofreu edição, deturpando sua fala, fazendo o ouvinte crer que a vereadora defende estupradores. Relata ainda que comentários nas postagens de Cattani ameaçam prática de estupro contra ela e alguns de seus familiares. Por fim, Maysa diz que pediu que a postagem fosse apagada, mas foi ignorada.

A vereadora apresentou prints de conversas e um ofício de uma resposta dada por Cattani, se negando a excluir publicação sobre ela. O documento foi assinado por mais 15 vereadores e protocolado na Presidência da Assembleia Legislativa, pedindo a cassação do deputado.

“Eu, particularmente, acho que nesse aspecto ele errou. Se eu fiz uma postagem que está prejudicando alguém, sobretudo uma mulher, eu retiro na hora. Acho que ele deveria ter tido essa atitude”, considerou Botelho.

Além da cassação, o regimento da Assembleia Legislativa prevê punições mais brandas, como a suspensão do mandato e advertência.

Segundo Botelho, no caso de suspensão, Cattani não terá direito a nenhum benefício e nem salário durante o período em que eventualmente estiver afastado. “Não recebe nada, nem veículo, nem salário, nem V.I, nada, tem que entregar tudo na Casa”.

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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