FALTA "EQUILÍBRIO"
Pastor afirma que Abílio não tem condições de assumir Prefeitura
MATO GROSSO
O pastor Marcos Ritela (PTB), pré-candidato a prefeito de Cuiabá, afirmou que o deputado federal Abílio Brunini (PL) não tem perfil para disputar a sucessão do Palácio Alencastro – e acredita que ele deve recuar sua candidatura.
Em entrevista à rádio Cultura, ele disse que a direita não vai votar no parlamentar por preferir sua atuação na Câmara Federal.
“O Abílio não tem perfil para o Executivo, ele é um bom fiscalizador, legislador. Não tem espaço para o deputado, as pesquisas mostram que ele está caindo e o grupo da direita vai conversar com ele e pedir para recuar e continuar o trabalho dele na Câmara Federal”, afirmou.
A pesquisa citada pelo pastor se refere ao levantamento do instituto MT Dados, divulgado nesta segunda-feira (16), que mostra Abílio em segundo lugar na intenção de votos, com 18%.
O resultado mostrou uma queda do parlamentar, que nas duas primeiras rodadas da pesquisa liderou a intenção de votos dos cuiabanos.

A Capital precisa ser colocada nos trilhos e não é no grito que isso vai acontecer. […] O Abílio não tem condições de assumir uma prefeitura
Ritela também apareceu nesta apuração, porém não conseguiu alcançar nem 1% das intenções de votos, ficando em último lugar entre os pré-candidatos a prefeito de Cuiabá.
Questionado sobre o desempenho baixo, o pastor se lembrou da disputa do ano passado, quando se candidatou ao Governo do Estado.
“A pesquisa é recente, ninguém sabia que o eu era candidato. É como foi feito no Governo, me deram 1% e eu terminei com 14%, então acredito que nas próximas pesquisas vai acontecer o mesmo que na eleição passada, vou só crescer”, disse.
“Não tem equilíbrio”
Ritela também teceu algumas críticas ao comportamento de Abílio. Segundo ele, a característica combativa do deputado é algo que funciona apenas no Congresso Nacional.
Para o pastor, aquele que vencer a eleição para prefeito de Cuiabá deve saber dialogar em todos os âmbitos, algo que, de acordo com ele, Abílio não é capaz.
“Ele não tem o equilíbrio para ter diálogo com o Governo do Estado, com o Governo Federal, o que vai ser de Cuiabá? Porque é preciso ter uma boa conversa, tem que ter ajuda Federal, a Capital precisa ser colocada nos trilhos e não é no grito que isso vai acontecer. […] O Abílio não tem condições de assumir uma prefeitura”


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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