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SAÚDE PÚBLICA

TV Record de Tangará da Serra dispara pesadas críticas contra a gestão Vander Masson

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MATO GROSSO

O apresentador do programa “Cidade Agora”, da TV Vale de Tangará da Serra, afiliada da Record TV, Wésllen Tecchio, trouxe à tona duras críticas à gestão do prefeito Vander Masson (UB) no que diz respeito à saúde no município.

O comunicador não poupou palavras ao descrever a situação caótica em que, segundo ele, a saúde se encontra na região, apontando a formação de filas gigantescas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em busca de atendimento.

As declarações incisivas de Tecchio ocorreram durante a transmissão de seu programa na última segunda-feira, quando ele chegou a pedir a demissão do secretário de Saúde, Wellington Bezerra, alegando que este não estaria qualificado para lidar com questões de saúde, mas sim com esportes.

A polêmica se intensificou com a divulgação de áudios compartilhados nas redes sociais, nos quais o secretário de Saúde, Bezerra, se defendeu das acusações do jornalista.

De acordo com Bezerra, Tecchio teria entrado em contato com ele, buscando um tratamento privilegiado para um funcionário da emissora que já havia passado pela triagem e aguardava atendimento médico na UPA.

O secretário de Saúde foi enfático em sua posição, destacando a importância de não privilegiar ninguém no sistema de atendimento de saúde. Ele argumentou que a prática de “furar fila” prejudica e desrespeita outros pacientes que também aguardam atendimento na fila.

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Necessidade de uma nova UPA

Além da controvérsia em torno das acusações, é inegável que Tangará da Serra enfrenta uma necessidade premente de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A atual UPA, que funciona ao lado do Hospital Municipal, foi construída há mais de 12 anos e, segundo críticos, funciona de forma precária.

Neste contexto, um projeto para uma nova UPA já foi elaborado e está pendente de aprovação da Vigilância Sanitária do Estado.

A criação de uma nova unidade de atendimento se justifica, dado o aumento populacional da região e as demandas crescentes por serviços de saúde.

De acordo com a Portaria 1.020 do Ministério da Saúde, as UPAs são classificadas em diferentes portes, dependendo do número de habitantes da região atendida.

A UPA de Tangará da Serra é classificada como Porte II, destinada a atender uma população entre 100.001 a 200.000 habitantes. Essa classificação prevê a capacidade de atendimento a 151 a 300 pacientes a cada 24 horas, com a presença de pelo menos quatro médicos entre pediatras e clínicos gerais, bem como a disponibilidade de no mínimo 2 leitos.

Entretanto, dados recentes apontam que a UPA de Tangará da Serra tem ultrapassado sua capacidade de atendimento, atendendo a 558 pacientes, segundo um Boletim de Atendimento UPA 24 horas.

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Este número é quase o dobro da capacidade original da unidade, o que reforça a urgente necessidade de medidas para melhorar a situação da saúde na região.

O boletim também revela que os leitos de observação masculino e feminino, observação pediátrica e a sala de soroterapia (poltronas) estão com 100% de ocupação, evidenciando a pressão que a UPA de Tangará da Serra está sofrendo para atender a crescente demanda de pacientes.

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 Diante desse cenário, a situação na UPA e a polêmica envolvendo o apresentador e o secretário de Saúde tornam-se questões de grande relevância para os cidadãos de Tangará da Serra, que clamam por uma melhoria significativa na qualidade dos serviços de saúde disponíveis na região.

Questão política

O senador Wellington Fagundes (PL), que é o dono da emissora na qual Wésllen Tecchio, poderia viabilizar recursos da União para investimento e custeio da saúde de Tangará da Serra. Afinal, ele abocanhou na eleição do ano passado  26.163 votos, ou seja, recebeu 66,06% dos votos válidos do municipio e até agora não retornou a cidade nem mesmo para agradecer.

Analistas políticos entendem que Fagundes estaria usando a força de sua emissora de televisão para enfraquecer o prefeito Vander Masson e assim abrir caminho para um aliado seu no pleito de 2024.

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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