ENTREGUE AO MPE
Vereadores denunciam suposto superfaturamento na construção de escolas em Sinop
MATO GROSSO
Os vereadores por Sinop, Mário Sugizaki (Podemos) e Elbio Volkweis (Patriotas), formalizaram junto ao Ministério Público do Estado uma denúncia sobre um suposto direcionamento na licitação que definiu empresa responsável por construir escolas recém-inauguradas no município. Na representação, os parlamentares apontam ainda para um possível superfaturamento dos contratos, quando comparados com orçamentos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
A empresa que teria sido favorecida, conforme a denúncia, é a DBN Sistemas Construtivos, com sede em Ivoti, no Rio Grande do Sul. De acordo com os vereadores, a DBN também foi contratada para a construção do Hospital Municipal de Sinop, embora não tenha apresentado proposta mais vantajosa no certame.
No caso das escolas municipais, a denúncia compara os valores que foram pagos pela Secretaria de Estado de Educação para construir unidades com o mesmo padrão de alvenaria das que foram entregues pela DBN em Sinop.
Ocorre que o Estado teria desembolsado algo em torno de R$ 3,3 mil por m² de áreaconstruída, enquanto a Prefeitura de Sinop pagou R$ 6,3 mil por m² à DBN, conformesustentam os vereadores na denúncia.
As escolas arroladas na representação entregue ao MPE são a EMEB Cidade Alta, EMEI ClaraTeixeira, EMEI Camping Clube e EMEB Camping Clube. O valor total recebido pela DBN poreste contrato foi de mais de R$ 64 milhões.
Outro lado
Ao Olhar Direto, a DBN Sistemas Construtivos afirmou por meio de seu CEO, Fernando Caumo, que as denúncias são “vazias e infundadas”.
“São disputas, creio eu, onde a oposição tenta ofuscar e desmerecer boas administrações, lançando fake news a fim de ofuscar e prejudicar o trabalho realizado. Participamos de uma licitação, fomos contratados e executamos, em prazo médio de 5 meses, os projetos executivos e complementares de 4 escolas. Os projetos e as obras foram executados, concluídos e entregues, de forma rápida, revertendo o equipamento público ao bom uso da comunidade e população”, disse à reportagem.
A prefeitura enviou a seguinte nota:
A construção das unidades escolares foi realizada com total transparência, obedecendo
toda lisura na elaboração e processo de tramitação do certame, atestadas por diversos
setores e servidores públicos assim como prevê a lei;
É válido citar que o município de Sinop inovou na escolha da tecnologia construtiva, sendo
que as escolas citadas foram construídas com tecnologia modular, em menor tempo do que
construções convencionais, oque faz suprir de maneira mais rápida a crescente demanda de
alunos;
A Prefeitura de Sinop ressalta, ainda, que todas as escolas foram entregues conforme
previsto em contrato, com todo o mobiliário [carteiras e cadeiras, cozinha com todos os
utensílios, condicionadores de ar em todas as salas de aula, administrativo e aparelhos
eletroeletrônicos), sendo mais um fator que diferencia a obra de Sinop de qualquer outra
apontada na representação;
A gestão municipal pontua que presa pela transparência pública, bem como a qualidade dos
serviços prestados e afirma que está à inteira disposição dos órgãos fiscalizadores e
prestará os esclarecimentos necessário.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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