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Brasil precisa retomar produção de camarão para exportação, defendem debatedores

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O declínio da exportação do camarão brasileiro foi debatido em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados. Representantes do governo, da sociedade civil e do Parlamento se reuniram em busca de solução para que o País volte a ser um grande exportador do crustáceo.

De acordo com o deputado Mersinho Lucena (PP-PB), o Brasil chegou a ser o maior exportador de camarão do mundo, mas recorde foi há vinte anos. “Na época, 30% do camarão que estava na mesa dos franceses era brasileiro. Os mercados americano e chinês consumiam nosso produto”, disse. “Hoje, a produção total do camarão local é vendido internamente. Não exportamos basicamente nada.”

O parlamentar quer colocar a discussão em pauta para que a produção no Brasil seja alavancada, e o País volte a ser um grande exportador do produto. “O Equador, um país menor que o nosso, exporta 6 bilhões de dólares por ano”, exemplificou. “É necessária coordenação de todos os ministérios envolvidos para que a gente possa abrir esse mercado novamente, uma vez que nosso produto é de qualidade”, acrescentou.

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O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, afirmou que a falta de exportação do camarão prejudica principalmente os pequenos produtores. Segundo ele, embora o consumo interno do alimento tenha crescido sensivelmente, o Brasil praticamente não exporta o alimento. “De 2016 para 2023, o aumento foi de 200%; partimos de uma produção de 60 mil para 180 mil toneladas. O consumo interno passou de 200 gramas de camarão para 1,1 kg”, pontuou.

O representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Herlon Brandão, afirmou que garantir a exportação do camarão é uma questão estratégica para o País. “É um mercado de mais de 30 bilhões de dólares, o equivalente ao mercado de aves no mundo, e o Brasil está fora desse mercado. Somos o maior exportador mundial de carne de aves e bovina. E estamos fora do mercado dos crustáceos, mas não foi sempre assim”, lamentou.

Da Redação – RL

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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