POLITÍCA NACIONAL
Câmara aprova moções de repúdio a atos racistas contra o jogador de futebol Vini Jr
POLITÍCA NACIONAL
A Câmara dos Deputados aprovou moções de repúdio à Federação Espanhola de Futebol (La Liga), a seu presidente, Javier Tebas Medrano, e a todos os torcedores em razão dos atos racistas contra o jogador brasileiro Vini Jr, no último domingo (21) em jogo do Valencia versus Real Madrid.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que vai reunir todas as 11 moções de repúdio ao episódio de racismo e de apoio ao jogador e encaminhá-las aos órgãos competentes. “A Mesa Diretora irá compilar todas as propostas de repúdio e de apoio para que este ato simbólico da aprovação de todas, em conjunto, transmita ao mundo do futebol e à liga espanhola todo o repúdio do Brasil em relação ao tratamento dispensado a Vinícius Júnior”, declarou.
Lira afirmou que a aprovação das moções pela Câmara demonstra o compromisso dos deputados e deputadas na luta contra o racismo. “Parabenizo as senhoras deputadas e os senhores deputados pela postura sempre muito atenta a todas as injustiças e a todo tipo de preconceito que exista contra brasileiros ou qualquer pessoa que sofra com este mal”, disse.
Luta contra o racismo
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a votação. “É muito importante esta manifestação do Parlamento brasileiro, um compromisso desta Casa na luta contra o racismo”, disse.
Autor de uma das propostas, o deputado Danilo Forte (União-CE) afirmou que o texto busca transmitir a solidariedade a Vinícius Júnior e a todos os atletas afrodescendentes. “Instamos a todos os membros da sociedade, entidades esportivas, governos e instituições a se unirem na luta contra o racismo, visando construir uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva para todos”, disse.
Em discursos no Plenário, deputados também cobraram reuniões com diplomatas espanhóis para tratar de racismo no futebol. “É absolutamente inaceitável o comportamento desses torcedores racistas e também inaceitável o comportamento do presidente da Liga Espanhola de Futebol, que negligencia os atos racistas”, afirmou o deputado Fabio Garcia (União-MT), autor de uma das propostas de moção.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) também defendeu a aprovação de moção em solidariedade ao jogador. “Todos devemos nos manifestar. Espero que esta Casa, de maneira unânime, esteja engajada no repúdio às atitudes racistas e preconceituosas que apequenam a humanidade como um todo”, disse.
Coordenadora da Frente Parlamentar Mista Antirracismo, a deputada Dandara (PT-MG) anunciou que se reuniu com diplomatas brasileiros, espanhóis e europeus para apresentar propostas contra o racismo. “Achamos que é fundamental retomar o grupo de trabalho permanente sobre racismo e esporte”, defendeu.

O deputado Abilio Brunini (PL-MT) afirmou que a luta contra o racismo deve unir esquerda e direita. “Ninguém que se preze deve defender ou deve apoiar qualquer atitude de racismo ou preconceito. Eu peço que a Câmara, de forma uníssona, manifeste-se contrária às atitudes dos torcedores em desfavor dos jogadores brasileiros na Espanha”, disse.
Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), não pode haver tolerância com o racismo no esporte. “Não basta não ser racista, tem que ser antirracista. Esta Casa, qualquer cidadão, vendo um ato de racismo, tem que reagir, tem que se indignar. A nossa indignação é que vai fazer a diferença”, avaliou.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) disse que, com a votação de hoje, a Câmara dos Deputados marca posição sobre o caso. Ela também enalteceu a reação do governo brasileiro no mesmo dia do ocorrido. “O racismo é odioso, e o presidente da República e o governo federal declararam à Espanha que esperam uma punição efetiva contra o racismo, contra essa manifestação odiosa”, disse.
A polícia espanhola divulgou nesta terça-feira (23) que prendeu alguns dos envolvidos nos insultos racistas.
Reportagem – Carol Siqueira e Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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