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POLITÍCA NACIONAL

Câmara aprova projeto que reconhece Carmen Portinho como patrona do urbanismo no Brasil

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POLITÍCA NACIONAL

Acervo/Arquivo Nacional
Carmen Portinho no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1679/22, do Senado, que declara patrona do urbanismo no Brasil a engenheira e urbanista Carmen Velasco Portinho (1903-2001). A proposta irá à sanção presidencial.

Carmen Portinho nasceu em Corumbá (MS) e se formou em engenharia civil em 1925, na Escola Politécnica da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1939, tornou-se a primeira mulher a obter o título de urbanista no País.

Junto a Bertha Lutz, Jerônima Mesquita e Stella Guerra Durval, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, associada ao movimento sufragista internacional, que buscava a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres.

Em 1945, após estagiar nas comissões de reurbanização das cidades inglesas destruídas pela guerra, Carmen sugeriu ao então prefeito do Rio de Janeiro a criação de um departamento de habitação popular para sanar a falta de moradias populares no município, o que ocorreu no ano seguinte.

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Homenagem
Relatora da proposta, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) afirmou que a homenagem a Carmen Velasco Portinho tem o apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e de outras instituições de arquitetos e engenheiros do Rio de Janeiro. A votação foi acompanhada pelo sobrinho-neto da engenheira, senador Carlos Portinho (PL-RJ), autor da proposta.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Ordem do Dia. Dep. Soraya Santos (PL - RJ)
Soraya Santos, relatora do projeto de lei

“Carmem Portinho faz parte da história deste País como uma das primeiras sufragistas brasileiras [defensoras do voto feminino], uma das primeiras mulheres a defender os direitos de as mulheres ocuparem espaços de uma área em que não era prevista a sua atuação: engenharia e ciências exatas”, disse a parlamentar.

Soraya Santos lembrou que a engenheira sofreu episódios de violência institucional no decorrer de sua carreira e acabou fundando uma associação para ajudar outras mulheres. “Ela se dedicou por muitos anos à defesa do direito do voto, da proteção de mães e filhos, da educação feminina e da necessidade de estimular o valor do trabalho feminino fora de casa”, disse.

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Para a relatora, a homenagem a Carmen Velasco Portinho é um símbolo de que as mulheres podem alcançar qualquer posição desde que tenham capacitação e competência.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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