Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Cancelada audiência com o ministro da CGU sobre transparência do Orçamento

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Dois homens estão sentados de terno e um deles fala ao microfone
Wagner Rosário é o único convidado da audiência desta terça

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados cancelou o debate que faria nesta terça-feira (6) sobre a transparência das emendas orçamentárias de relator com o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP), que havia pedido a realização da audiência, lembrou que o presidente Jair Bolsonaro, em debate da companha presidencial, afirmou que não tinha nada a ver com o chamado orçamento secreto.

“Eu tenho aqui uma lista preliminar: 13 deputados do PT que receberam recurso desse tal orçamento secreto”, disse Bolsonaro no debate. “Eu jamais daria dinheiro para essa turma toda aqui se não tivesse votado comigo, né? Se bem que eu nunca comprei voto de ninguém”, acrescentou.

“Resta claro que o mecanismo somente é secreto para a sociedade, para ele [Bolsonaro] não”, disse Ivan Valente. “No Estado Democrático de Direito, não há
espaço para que autoridades disponham do interesse público de maneira
sigilosa ou até mesmo com predileções”, criticou o deputado.

Leia Também:  Projeto oferece licença de oito dias para advogado em luto

Segundo Valente, o Congresso institucionalizou um sistema anônimo de execução das despesas decorrentes de emendas do relator. Sob a rubrica orçamentária RP-9, o deputado afirma que todas as despesas são atribuídas indiscriminadamente ao relator geral do orçamento, “que atua como figura interposta entre parlamentares em tese incógnitos e o orçamento público federal, supostamente impedindo qualquer identificação dos parlamentares requerentes e destinatários”.

Ivan Valente lembrou que, em audiência na comissão em outubro, Wagner Rosário disse que era contrário às RP-9 e que a CGU não conseguiria identificar nesse tipo de emenda quem estaria sendo beneficiado. “Eu posso dar transparência completa. Coloco o nome do relator em tudo o que tiver RP-9, mas eu não sei com quem que o relator conversou e quem ele está atendendo com aquela emenda”, disse o ministro.

Apesar disso, Ivan Valente diz que Wagner Rosário afirma em suas redes sociais que as emendas de relator são detalhadas no portal da transparência. “O que não
é verdade, pois a íntegra do mecanismo não conta com a transparência que deve
reger a Administração Pública.”

Leia Também:  Novo secretário de Comunicação da Câmara quer ampliar debate de ideias no Parlamento

“A transparência acerca da situação das contas públicas e das entregas de bens e serviços públicos é condição fundamental para que a sociedade possa exercer o controle social de forma adequada”, reforça o deputado.

A comissão ainda não marcou nova data para ouvir o ministro da CGI.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  ONU reconhece liderança do Brasil na proteção a refugiados

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Novo secretário de Comunicação da Câmara quer ampliar debate de ideias no Parlamento

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA