POLITÍCA NACIONAL
Comissão aprova proposta que permite repasse entre bancos como garantia de letra de crédito rural
POLITÍCA NACIONAL
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que permite aos bancos emitir Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) com base nos recursos de crédito rural repassados para outros bancos (os chamados repasses interfinanceiros).
A proposta (PL 3992/23), do deputado Sidney Leite (PSD-AM), foi aprovada com parecer favorável do relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE).
Os repasses financeiros entre bancos são comuns e auxiliam no fechamento de caixa no fim do dia ou como instrumento de captação de recursos. É uma espécie de empréstimo entre bancos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, repassa valores para outros bancos emprestarem.
Com a medida aprovada, um banco poderá converter sua carteira de repasses interfinanceiros em LCAs negociáveis no mercado, e os valores captados direcionados a financiamentos para o setor do agronegócio.
A única exigência imposta pelo projeto é que os recursos repassados por um banco e emprestados por outro tenham as mesmas datas de vencimento, vinculação obrigatória e se destinem a apenas uma operação de crédito rural.
Disponibilidade de crédito
Atualmente, somente bancos cooperativos e cooperativas de crédito podem emitir essas letras de crédito com base em repasses interfinanceiros.
A LCA é um investimento de renda fixa por meio do qual instituições financeiras captam dinheiro de correntistas e outros investidores para financiar o agronegócio. Pessoas físicas têm isenção do Imposto de Renda sobre os ganhos.
Segundo o Ministério da Agricultura, o valor total em estoque de LCAs em dezembro de 2023 correspondia a R$ 459,03 bilhões, sendo o título mais representativo entre os instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento da atividade agropecuária.
O relator destacou a importância do projeto. Segundo Luiz Gastão, o texto amplia a disponibilidade de crédito rural para os produtores brasileiros. “A medida proposta tem potencial para aumentar a oferta de crédito ao setor agropecuário, e, assim, beneficiar tanto produtores quanto consumidores, com maior disponibilidade e menor preço de produtos”, disse.
Gastão recomendou que fosse aprovada a versão da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que analisou a matéria anteriormente. Essa versão foi elaborada pelo deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Próximos passos
O projeto aprovado ainda vai ser analisado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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