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Comissão convida três ministros para explicar mudança na previsão de gastos com INSS neste ano

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A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados ouvirá na próxima quarta-feira (26) o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, sobre alterações na previsão de gastos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2023.

A pedido do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), o ministro deve esclarecer “os indícios de ‘pedalada fiscal’ do presidente Lula ao alterar, de forma artificial, a previsão de gastos com o INSS em 2023 para tentar encobrir um rombo de R$ 7,7 bilhões”.

O parlamentar afirma que, segundo documento obtido pela Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação, a Secretaria de Política Econômica reduziu o valor do salário mínimo na grade de parâmetros dias após ter elaborado uma primeira versão com um piso maior, de R$ 1.320.

Ao manter o valor atual do salário mínimo (R$ 1.302), o governo conseguiu reduzir em R$ 7,7 bilhões o dispêndio com benefícios previdenciários em comparação ao previsto no Orçamento. “Isso reduziu o déficit projetado para o ano e afastou a possibilidade de precisar bloquear outros gastos”, afirma Vieira de Melo.

Ainda segundo o deputado, o Ministério da Previdência Social confirmou que a principal razão para a diminuição do gasto previsto com benefícios veio da diferença no valor do salário mínimo. Essa diferença nas despesas da Previdência, de acordo com o ministério, será alterada se for aprovado um novo valor para o salário mínimo.

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“A manobra do governo para reduzir as despesas com a Previdência tem gerado polêmica e desconfiança por parte de especialistas em contas públicas”, afirma Vieira de Melo ao pedir a audiência com o ministro.

Debate ampliado 
O assunto também será discutido com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em data a ser definida; e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia 17 de maio. Isso porque a Secretaria de Política Econômica é vinculada ao Ministério da Fazenda.

Na ocasião, Haddad também terá que prestar esclarecimentos a respeito do discurso do presidente Lula sobre empréstimos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) a países não sócios.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirma que, na posse de Dilma Rousseff no NBD, “o presidente Lula disse que o chamado Banco dos Brics precisa se organizar para oferecer empréstimos para infraestrutura em ‘países mais pobres da América Latina e do Caribe’”.

Ele explica que para financiar países que não são sócios do NBD, é necessário que o empréstimo tenha garantia do Tesouro Nacional de países integrantes do banco, atualmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“O momento atual não nos permite fixar como garantia valores do Tesouro Nacional para empréstimo a outros países que possuem histórico de inadimplência com diversos bancos internacionais”, critica Nikolas Ferreira.

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Outros ministros
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle também aprovou nesta quarta convites para outros ministros. Esses, no entanto, ainda não têm data marcada. Confira quem será convidado:

– a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para falar sobre problemas nos 6 hospitais federais do Rio de Janeiro.

– o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, para explicar como equalizar desequilíbrio de voos entre aeroportos do Galeão e Santos Dumont (RJ)

– o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para prestar esclarecimento sobre a viagem da comitiva presidencial à China

– o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, para explicar mudanças na política de saneamento

– o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para falar sobre invasões de terras feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

– o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para explicar declaração de que Lei da Terceirização é irmã gêmea do trabalho escravo

– o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, para falar sobre verbas públicas destinadas a influenciadores digitais

– o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para prestar esclarecimento sobre os acordos firmados entre o Brasil e China.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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