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Comissão de Orçamento pede que TCU pare de suspender obras públicas

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão Mista de Orçamento aprovou, por unanimidade, requerimento para pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que pare de expedir medidas que suspendam obras e serviços públicos sem antes ouvir o Congresso Nacional. A recomendação é que o tribunal se limite a desempenhar o papel constitucional de auxiliar o Congresso Nacional. Com isso, o TCU seria responsável por apenas pedir informações e solicitar manifestações dos órgãos responsáveis pela execução da obra ou serviço.

“Caso não se tenha a resposta pelo executor, ou se ainda mesmo com a manifestação persistirem as dúvidas, deveria então a Corte encaminhar ao Congresso para que, na forma da legislação em vigor, atue na análise dos casos, podendo determinar a suspensão dos atos, procedimentos, obras ou serviços”, afirma o autor do requerimento, deputado AJ Albuquerque (PP-CE).

Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Ordem do dia. Dep. AJ Albuquerque (PP - CE)
AJ Albuquerque: Congresso é que deve atuar na análise dos casos

O deputado observou que o TCU tem suspendido obras, serviços, procedimentos e licitações sem qualquer participação do Poder Legislativo, ou mesmo sem ouvir o órgão público responsável. “Paralisações causam diversos prejuízos, principalmente ao Erário, mas não só a ele. A interrupção traz impactos econômico-sociais para a região do empreendimento alvo da paralisação, bem como indiretamente para um Brasil como um todo”, afirmou.

Crescimento
O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) observou que cresceu o valor de investimentos suspensos por medidas cautelares do TCU. Em 2020, foram bloqueados R$ 12,9 bilhões; em 2021, houve um salto para R$ 93 bilhões em investimentos suspensos. Pedro Paulo ainda reclamou da falta de informações sobre as medidas cautelares. “Não se informa quais são, o tempo que está demorando na avaliação do Tribunal de Contas, no encaminhamento de informações do órgão contratante. É preciso qualificar, entender melhor o que são estas cautelares para que a gente saiba qual é a competência do Tribunal de Contas e até onde ela vai.”

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Bem intencionado
Pedro Paulo lamentou que os tribunais de contas muitas vezes cometem excessos com a boa intenção de evitar superfaturamento e irregularidades. “Causam um imenso atraso na execução de investimentos públicos, seja diretamente, pelo Poder Executivo, seja por concessão, na avaliação da regularidade desses contratos.”

Atropelo
Já o deputado Moses Rodrigues (União-CE) acusou o Tribunal de Contas de atropelar as prerrogativas do Congresso Nacional. “Caso o requerimento não seja aceito pelo Tribunal de Contas da União, devemos ter uma ação mais dura contra essa situação que tem paralisado obras importantes para o desenvolvimento do Brasil.”
O presidente da comissão, deputado Celso Sabino (União-PA), anunciou que solicitou o encaminhamento da prestações de contas do TCU.

Vices
Também na reunião desta quarta-feira a comissão elegeu por aclamação os três vice-presidentes da comissão:
– 1º vice: senador Irajá Abreu;
– 2º vice: deputado Paulo Pimenta (PT-RS);
– 3º vice: senador Fabiano Contarato.

Relatorias
Celso Sabino também anunciou a escolha do senador Marcos do Val para a relatoria do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem (PLN 5/22). Marcos do Val convidou os outros parlamentares a trabalharem em grupo para votação da proposta.

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“Vim da segurança pública. Trabalhei 20 anos dando aula na Swat, nos Estados Unidos, mas isso não me fecha num quadrado em achar que tudo se resolve com tiro, porrada e bomba. A gente vai conseguir achar um equilíbrio investindo em projetos sociais, educação, infraestrutura e saúde”, anunciou. “A segurança pública é para quando todas as áreas deram problema e não foram eficientes.”

Ainda na reunião foram designados os relatores setoriais:
– Agricultura: deputado João Maia (PL-RN)
– Cidadania e Esportes: senador Plínio Valério
– Ciência e Tecnologia: deputado Edilázio Júnior (PSD-MA)
– Defesa: deputado Elias Vaz (PSB-GO)
– Desenvolvimento Regional: deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO)
– Educação: deputado AJ Albuquerque (PP-CE)
– Infraestrutura: deputado Rui Falcão (PT-SP)
– Justiça e Segurança Pública: deputado Roberto Alves (Republicanos-SP)
– Melo Ambiente: senador Fábio Contarato
– Minas e Energia: deputado Carlos Chiodini (MDB-SC)
– Muheres, Família e Direitos Humanos: senadora Eliane Nogueira
– Saúde: senador Confúcio Moura
– Turismo e Cultura: senador Irajá Abreu

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Ana Chalub

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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