POLITÍCA NACIONAL
Conselho de Ética arquiva processos contra Glauber Braga e Ricardo Salles
POLITÍCA NACIONAL
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta-feira (18) os processos por quebra de decoro movidos pelo PL e pelo Psol, respectivamente, contra os deputados Glauber Braga (Psol-RJ) e Ricardo Salles (PL-SP). Nos dois casos, os relatores concluíram que os deputados não quebraram o decoro parlamentar, não havendo “justa causa” para os processos.
As representações serão definitivamente arquivadas, a menos que haja recurso ao Plenário da Câmara, assinado por 51 deputados, pelo menos.
De acordo com o Código de Ética da Câmara, são puníveis por quebra de decoro condutas como:
- praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Casa;
- perturbar a ordem de sessões ou reuniões; e
- praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Câmara.
Glauber Braga
Glauber Braga foi acusado pelo PL de ofender a honra do deputado Eduardo Bolsonaro. Durante discusão entre ambos na Comissão de Relações Exteriores, em maio, envolvendo o apoio do PT ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Glauber Braga ironizou o caso das joias recebidas da Arábia Saudita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo investigado pela Polícia Federal.
Relator do caso, o deputado Albuquerque (Republicanos-RR) concluiu que a fala de Braga estava ligada à atividade parlamentar e foi proferida durante a análise de uma proposição, não configurando “ofensa ao decoro parlamentar”.
Em sua defesa nesta quarta-feira, Braga lembrou que a fala foi feita em meio a uma tentativa de rebater argumentos que, segundo ele, “colocavam posições políticas que são bastante diversas como se fossem iguais”, referindo-se a comparações entre os governos do Brasil e da Venezuela.
O parecer de Albuquerque pelo arquivamento da Representação 17/23, apresentada pelo PL, foi aprovado por 11 votos a 1.
Ricardo Salles
A representação do Psol contra Ricardo Salles afirma que ele, “de forma recorrente e sistemática”, vinha ameaçando e intimidando mulheres de esquerda na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, onde atuava como relator.
Também por “ausência de justa causa”, o deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), relator do processo contra o deputado Ricardo Salles, concluiu pelo arquivamento da Representação 20/23, movida pelo
“Infere-se que afirmações do representado foram concretizadas em momento de acentuado embate político-ideológico, envolvendo membros da Comissão Parlamentar de Inquérito do MST, portanto, vislumbra-se que o representado não extrapolou os direitos inerentes ao mandato, razão pela qual o seu comportamento está acobertado pelo manto da imunidade material, não merecendo censura por parte de Casa”, disse Mota em seu parecer.
Em sua defesa, Salles afirmou nesta quarta-feira que as condutas citadas na representação estão longe de configurar infração ética. “É evidente que não há infração ao decoro parlamentar, sequer ofensa, o máximo que poderia se dizer é: não gostei da brincadeira, da ironia, do tom”, disse.
O parecer de Mota pelo arquivamento Representação 20/23, apresentada pelo Psol, foi aprovado por 10 votos a 3.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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