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CPMI aprova convocação de hacker preso pela Polícia Federal

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Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro aprovaram nesta quinta-feira (3) a convocação de Walter Delgatti Neto, preso pela Polícia Federal por suspeita de “hackear” redes de computadores de órgãos públicos.

Deputados e senadores aprovaram requerimentos que convocam outras quatro pessoas para depor na CPMI. Constam da lista Marcela Pinno e Cintia Queiroz de Castro, integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de Luiz Marcos dos Reis, que trabalhava diretamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Do bloco de convocações aprovadas, causou polêmica o pedido para o depoimento do fotógrafo Adriano Machado, da agência Reuters, acusado de conivência com os vândalos que atacaram as sedes dos três Poderes em 8 de janeiro ao registrar a invasão.

Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a convocação do profissional para depor fere a liberdade de imprensa. “O que o jornalista estava fazendo – o fotógrafo – era tirando fotos. Ele não quebrou nada, ele não fez absolutamente nada, ele tirou fotos. O ângulo que ele queria para as fotos, se tinha gente, terrorista, lá dentro, querendo quebrar as coisas e queria ser fotografado é um problema dessas pessoas. Esses deviam ser chamados, e não o fotógrafo que está lá trabalhando”, ponderou.

O senador Jorge Seif (PL-SC), no entanto, defendeu a convocação de Adriano Machado. “Um profissional que está com uma câmera no peito, isso não o torna um super-homem, especialmente quando se ensaia foto para destruir patrimônio público. No Código de Processo Penal não tem isenção para repórter, nem para ninguém que ensaie crime, que ensaie destruição dentro do Palácio do Planalto”, defendeu.

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Acampamentos
Os membros da CPMI do 8 de Janeiro também aprovaram requerimento para que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) disponibilize os relatórios e informes de inteligência produzidos entre 1º de outubro de 2022 e 1º de janeiro deste ano relacionados aos acampamentos montados em frente a unidades do Exército e a manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais.

Foi aprovada ainda a quebra de diversos tipos de sigilo de empresas supostamente financiadoras dos manifestantes e de uma lista de pessoas que inclui o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro; o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Gonçalves Dias, e George Washington Oliveira, acusado de colocar uma bomba próxima ao aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado.

Também fazem parte da lista de aprovações feitas pelos integrantes da CPMI a transferência de informações de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) sobre pessoas e empresas referentes ao período de junho de 2021 até hoje, além de pedidos de informações ao Ministério da Justiça e à Força Nacional.

Depoimento
Está marcado para a próxima terça-feira (8), às 9 horas, o depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e secretário de Segurança do Distrito Federal no 8 de janeiro. Ele está sendo chamado para falar sobre o segundo turno das eleições presidenciais, as tentativas de invasão da sede da Polícia Federal e de atentado a bomba em Brasília, todas ocorridas em 2022, e também sobre a depredação do patrimônio público em 8 de janeiro.

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O deputado Rafael Brito (MDB-AL) elogiou a iniciativa de convocar Anderson Torres para depor. “Eu acho que será um grande momento. A responsabilidade da segurança, em primeiro momento, da Praça dos Três Poderes, é da Polícia Militar, não é da Força Nacional, não é do Exército. E se a Polícia Militar faltou, a gente precisa saber o porquê da falta da Polícia Militar”, declarou.

STF
O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), informou que o ministro da Justiça, Flavio Dino, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para enviar à comissão as imagens de câmeras do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro.

Arthur Maia também comunicou que Alexandre de Moraes vai entregar documentos solicitados pela CPMI que façam parte de inquéritos para os quais não estão previstas diligências, atendendo a diversos requerimentos de deputados e senadores.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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