POLITÍCA NACIONAL
Deputados e ambientalistas criticam instalação de termelétricas no RJ sem estudos ambientais
POLITÍCA NACIONAL

Deputados e ambientalistas demonstraram preocupação nesta quarta-feira (3), em audiência pública na Câmara dos Deputados, com a possiblidade de instalação de quatro usinas termelétricas flutuantes (em navios) e de linhas de transmissão de energia elétrica sobre as águas da Baía de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A principal crítica é a ausência de estudos prévios que avaliem o impacto ambiental do empreendimento.
Para os debatedores, a instalação das termelétricas desconsidera aspectos como a supressão de áreas de mata atlântica, a atividade de pescadores artesanais na região e a fauna local, que conta com o boto cinza, espécie ameaçada de extinção e cuja maior população no estado se concentra na baía.
Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Helena Bergallo explicou que, ao utilizar a água da própria baía para resfriar suas caldeiras, as temelétricas têm potencial para elevar a temperatura das águas no local em até 15º C, o que, segundo ela, ameaçaria a vida de diversas espécies.
“Com a metade dos recursos usados para instalar essas impactantes termelétricas flutuantes, governo e empresários poderiam reflorestar áreas e aumentar a recarga da água subterrânea na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e em outras bacias”, defendeu a professora.
“As obras não param e os pescadores estão desesperados”, alertou John Wurdig, representante do Instituto Internacional Arayara, durante o debate promovido pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Minas e Energia.
No final de julho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) acolheu um pedido do Ministério Público (MPRJ) e suspendeu a instalação das usinas até que um estudo de impacto ambiental seja apresentado, prevendo ainda multa diária de R$ 50 mil por descumprimento.
“As provas iniciais trazidas ao Ministério Público já evidenciavam que se trata de empreendimento de altíssimo impacto ambiental”, afirmou Jaime Mitropoulos, procurador federal no Rio de Janeiro. “Sendo assim, o mínimo que o poder público deve fazer é exigir o estudo de impacto ambiental da forma mais rigorosa possível. ”
Na decisão, o tribunal considerou contraditório o parecer emitido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) – órgão que recebeu delegação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para licenciar o empreendimento.
O parecer do Inea reconhece que se trata de “empreendimento potencialmente causador de significativo impacto ambiental”, mas dispensa a empresa turca Karpowership (KPS) de apresentar os estudos de impacto ambiental.
Em nota, a KPS informou que não foi notificada oficialmente sobre a decisão judicial e acrescentou que “o projeto cumpriu todos os trâmites do órgão ambiental”, “tem baixo impacto” e está “próximo à subestação de Furnas, facilitando sua conexão ao sistema”.
Os deputados Talíria Petrone (Psol-RJ) e Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que sugeriram o debate, criticaram o “tempo recorde” com que o Inea concedeu as licenças para o empreendimento e afirmaram que pretendem comunicar os fatos aos respectivos presidentes das comissões, sugerindo visitas ao local e audiências com autoridades ainda não ouvidas. “O Inea está bastante ausente até agora”, criticou Agostinho.
A deputada, por sua vez, disse que pretende formalizar denúncia à organismos internacionais. “É licença [ambiental] sem consulta às comunidades atingidas, sem estudos ambientais e sem atender ao MPF”, afirmou.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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