POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defendem diagnóstico precoce e atendimento multidisciplinar para câncer de cabeça e pescoço
POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defenderam, durante seminário nesta sexta-feira (28) na Câmara dos Deputados, o diagnóstico precoce e o atendimento multidisciplinar nos casos de câncer de cabeça e pescoço, de alta prevalência no Brasil e no mundo.
O médico José Guilherme Vartanian, 1º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, disse que, no mundo, esses cânceres afetam 7% da população. No Brasil, entre os homens, 4,6% dos casos totais de câncer são de cavidade oral e 2,7% de laringe; entre as mulheres, 5,8% afetam a glândula tireoide.
Vartanian destacou que os principais fatores de risco são evitáveis. “Além do consumo de tabaco e de álcool, nos últimos 20 anos houve aumento significativo de casos de câncer de orofaringe causado pelo vírus HPV, geralmente transmitido pelo contato sexual desprotegido”, apontou.
“Sabemos que, nas condições iniciais, o tratamento é muito mais fácil e barato”, ressaltou ele ao defender o diagnóstico precoce. “Hoje, é interessante ainda a disseminação da abordagem multidisciplinar, com a participação de diferentes profissionais e baseada nas melhores evidências científicas disponíveis”, explicou.

Para o dirigente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, ações como a campanha Julho Verde, destinada à conscientização da população, e avanços na formação de profissionais da saúde poderão auxiliar na redução da atual taxa de diagnóstico tardio, correspondente a cerca de 70% dos casos.
O evento foi realizado a pedido do deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), presidente da Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil. Colegiado semelhante na legislatura passada resultou na Lei 14.758/23, que instituiu a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Eu que cuidei do meu pai, ele teve várias sequelas, precisou fazer reabilitação, sei o que é o sofrimento”, afirmou Weliton Prado. “Graças a Deus, hoje temos a política nacional, já em fase de implementação”, comentou o parlamentar.
Participaram do evento representantes das associações brasileiras de Câncer de Cabeça e Pescoço e de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular; do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço; dos institutos Lado a Lado pela Vida e Oncoguia; e das sociedades brasileiras de Oncologia Clínica e de Radioterapia.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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