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Ministério do Esporte aponta aumento da procura por patrocínio por meio de lei de incentivo

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O Ministério do Esporte apontou aumento da procura por patrocínio por meio de lei de incentivo. Segundo a diretora de Programas e Políticas de Incentivo ao Esporte do ministério, Isania Cruvinel Sanchez, de 2022 para 2023, o número de projetos apresentados para receber financiamento por meio da Lei de Incentivo ao Esporte quase dobrou. No ano passado, o ministério recebeu quase 5,8 mil propostas. Em 2022, foram pouco mais de 3 mil pedidos.

Do total de propostas recebidas no ano passado, metade foi autorizada a captar R$ 3,2 bilhões junto às empresas. No final, receberam quase R$ 1 bilhão, uma vez que, após a autorização, o projeto pode continuar em execução por mais 24 meses, o que significa que irá continuar a receber novos recursos.

Neste ano, conforme a diretora do Ministério do Esporte, o patrocínio a projetos esportivos continua a crescer em ritmo ainda mais acelerado que nos anos anteriores. “Os investidores têm perdido a timidez ou o receio de aportar recursos nos projetos”, disse Isania Cruvinel.

Conforme lembrou o deputado Augusto Puppio (MDB-AP), a Lei de Incentivo ao Esporte permite que as empresas deduzam até 2% do Imposto de Renda devido a projetos esportivos. Pessoas físicas podem abater até 7% do valor a pagar. Foi Augusto Puppio quem propôs o debate na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24).

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Segundo o parlamentar, o objetivo do encontro foi ouvir empresas que aderiram à ideia e incentivar outras a colaborarem com o desenvolvimento de projetos esportivos. “A lei de incentivo ao esporte é uma lei que encanta qualquer empresário que queira, de fato, entregar na ponta, direto ao atleta, como meio de promoção de saúde, mas também de inclusão social.”

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Incentivadores de projetos esportivos. Dep. Augusto Púpio (MDB - AP)
Augusto Puppio quer incentivar mais empresas a colaborarem com projetos esportivos

Inclusão Social
De acordo com o gerente-executivo de comunicação e responsabilidade social da Shell Brasil, a empresa não financia atletas de alto rendimento, mas busca incentivar o esporte como instrumento de inclusão e cidadania. Segundo Glauco Paiva, o maior retorno para a companhia com o investimento em projetos sociais é em melhora do ambiente de trabalho.

“O senso de orgulho e de pertencimento que a gente sente nos nossos funcionários e colaboradores. Isso é uma benesse. Porque sem dúvida, isso atua diretamente no ânimo da companhia, as pessoas se sentem representadas, as pessoas se sentem parte de algo que está trazendo realmente um impacto social positivo, isso faz total diferença”, afirmou.

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Glauco Paiva relatou que a Shell destinou R$ 82,6 milhões a projetos culturais e esportivos em 2024. Dos beneficiados, 17 receberam os recursos por meio da lei de incentivo ao esporte.

O diretor-presidente do Instituto John Deere, Edilson Rodrigues de Proença, ressaltou que o Brasil talvez seja o único país no mundo a permitir que as empresas deduzam 100% dos aportes em projetos esportivos e culturais do imposto de renda devido.

De acordo com Edilson Proença, o Instituto John Deere investiu R$ 90 milhões em projetos sociais em 2023. Desse valor, 18 milhões foram para o esporte.

A gerente da Fundação Vale, Fernanda Fingerl, afirmou que a instituição destinou R$ 110 milhões a 130 projetos por meio da lei de incentivo ao esporte. Assim como as demais empresas participantes da audiência, a Vale conta com uma plataforma própria para recebimento de propostas. Um comitê da empresa analisa e seleciona quem será beneficiado.

Para apresentar o pedido, o projeto não precisa estar cadastrado no Ministério do Esporte. Mas, caso seja selecionada, a proposta precisa já ter a aprovação do órgão no momento de receber o benefício.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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