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Ministro de Direitos Humanos diz que políticas para pessoas com deficiência são uma prioridade do governo

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POLITÍCA NACIONAL

Ao apresentar as ações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para pessoas com deficiência em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Silvio Almeida afirmou que as políticas para esse grupo são uma prioridade do governo. Na perspectiva do ministro, políticas de inclusão são fundamentais, não somente para a redução das desigualdades, mas também para o crescimento econômico em um novo modelo de sociedade

As declarações foram feitas pelo ministro nesta terça-feira (29), em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.

“Nós precisamos falar de direitos humanos a partir de uma outra perspectiva, que é a perspectiva do direito ao desenvolvimento sustentável, e falar disso é falar, obviamente, de uma economia política da inclusão. Nós temos que ver que se encontra submersa, escondida, mas viva e vibrante, uma economia que se revela em um PIB da inclusão, ainda não revelado, e que potencializa todos os demais setores sociais”, disse.

“Incluir significa gerar uma outra economia, um outro modelo de participação política, econômica e social, outras cidades, inclusivas e amigáveis, outras organizações públicas e privadas em todo País. As pessoas com deficiência, elas não são custos, investir em política para pessoas com deficiência é investir no País”, concluiu.

Políticas públicas
Segundo Silvio Almeida, a pasta de direitos humanos está trabalhando na reconstrução da participação popular para a elaboração de política para pessoas com deficiência. Nessa perspectiva, relatou que o ministério realizou a primeira conferência livre de saúde das pessoas com deficiência. Segundo disse, o encontro contou com 300 delegados com deficiência e foi uma etapa preparatória para a conferência nacional de saúde.

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O ministro adiantou também que o órgão está finalizando o plano Viver sem Limite 2, que deve ser lançado em breve. A primeira versão do plano é de 2011. Conforme explicou, o objetivo da medida é promover os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais das pessoas com deficiência e de suas famílias.

Para isso, segundo Silvio Almeida, o plano irá atuar em eixos como gestão inclusiva e participativa, acessibilidade e enfrentamento ao capacitismo e à violência. Na elaboração do documento, o ministro disse que houve a participação de todos os estados, uma vez que, em sua opinião, as ações serão efetivas somente se envolverem também todos os entes federados.

“Não é possível que se faça política nacional de direitos humanos a partir de Brasília, única e tão somente. É preciso que nós envolvamos os estados, os municípios, as comunidades no ato do fazer político, na confecção das políticas públicas, portanto, aquele ideal de institucionalização só é possível se nós formos capazes de fazer política estando nos territórios”, falou.

Também para o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que realizou o debate, deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), envolver estados e municípios é fundamental. De acordo com o parlamentar, apenas sete assembleias legislativas contam com comissões voltadas à população com deficiência, e pouquíssimas prefeituras.

“Nós precisamos articular melhor e complementarmente os entes federados, a União, os estados e os municípios. Nós temos poucas unidades da federação com secretarias de defesa dos direitos da pessoa com deficiência, e nós temos também pouquíssimas prefeituras, mesmo nas capitais, nós não passamos de 7 ou 8 prefeituras com secretarias. Nós podemos, a partir deste planejamento da União, dessa intersetorialidade que há no próprio âmbito do governo, buscar envolver os estados e os municípios”, defendeu o deputado.

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Acessibilidade
Dentre outras medidas que o Ministério de Direitos Humanos está implantando, Silvio Almeida destacou um projeto para melhorar a acessibilidade de todos os prédios da administração federal. Segundo disse, os gestores deverão elaborar relatórios sobre a situação atual para que sejam providenciadas as adequações necessárias.

Avaliação biopsicossocial
Ainda conforme o ministro, o órgão está estruturando um grupo de trabalho para implantar a avaliação biopsicossocial da deficiência.

Como destacou a autora do pedido para a realização da audiência pública, deputada Rosângela Moro (União-SP), a avaliação é uma exigência para que a pessoa com deficiência tenha acesso a 34 políticas públicas.

Rosângela Moro lembrou que hoje o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, com condições econômicas e culturais piores que o restante da população. Como exemplo, citou que a taxa de participação no mercado de trabalho do grupo com alguma deficiência é de 54,7%. Já na população em geral a taxa de ocupação seria de 84,2%.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Marcia Becker

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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