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Mulheres são 58% dos empreendedores que trabalham com vendas diretas de produtos

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POLITÍCA NACIONAL


Billy Boss/Câmara dos Deputados
Seminário: Empreendedorismo e Protagonismo Feminino. Adriana Colloca - Presidente Executiva da Associação da Empresas de Venda Direta
Adriana Colloca: 26% dos trabalhadores chegaram ao setor após perder o emprego

De acordo com a presidente-executiva da Associação das Empresas de Venda Direta, Adriana Colloca, 67% das pessoas que trabalham no setor são motivadas pela complementação da renda familiar, sendo que 58% são mulheres. A informação foi repassada em seminário promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara sobre empreendedorismo feminino.

A venda direta de produtos, segundo Adriana, abrange 4 milhões de pessoas e atrai as mulheres por permitir a flexibilidade de horários de trabalho e até mesmo a superação de dificuldades relacionadas a uma competição desigual com os homens. A média de idade é de 32 anos e uma parcela de quase 26% dos trabalhadores chegou ao setor por perda de emprego.

Co-fundadora da Aliança Empreendedora, Lina Maria Kempf explicou que muitas vezes as mulheres que trabalham com vendas diretas não buscam capacitação nem formam redes de contatos, por não se considerarem empreendedoras. “Muitos acreditam que empreender é uma jornada solitária, mas entendam que tem outros empreendedores até na própria rua onde moram, pessoas com as quais é possível trocar, conversar, participar de feiras e eventos. Tudo vem da autopercepção. Quando eu me entendo empreendedor, esse ecossistema passa a fazer sentido para mim”, avalia.

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A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que revelou já ter sido vendedora de produtos Mary Kay, disse que o empreendedorismo feminino transforma a realidade das famílias. “Principalmente quando a gente pensa que o aumento da renda familiar permite que a família invista mais em educação, em lazer, em cultura. É todo um núcleo familiar que a gente melhora porque a relação da qualidade de vida e a autossuficiência financeira é direta”, afirmou.

Coordenadora nacional de Empreendedorismo Feminino do Sebrae, Renata Malheiros destacou que as mulheres precisam superar tanto barreiras técnicas para empreender, como também socioemocionais. “Quando a mulher precisa falar em público, quando está em um almoço de negócios… Muita gente já fala: será que é almoço de negócios mesmo? Quando a mulher precisa viajar a trabalho, mas está com filho doente em casa… ‘Que mulher que eu sou? Que mãe que eu sou? Sou uma péssima mãe’. Então a culpa materna, todas essas questões culturais acabam afligindo as mulheres. Não é culpa das mulheres, é da sociedade; mas a gente acaba sendo afetada”, enumerou.

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Segundo Renata, as mulheres empreendedoras geralmente têm 16% mais escolaridade que os homens, mas faturam 22% menos.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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