POLITÍCA NACIONAL
Projeto define regras específicas para o comércio de fumo entre produtores e empresas do setor
POLITÍCA NACIONAL
O Projeto de Lei 206/22 estabelece regras detalhadas para orientar a relação de compra e venda de fumo entre entre fumicultores e empresas fumageiras. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
De acordo com a proposta, os fardos de fumo deverão ser negociados dentro da propriedade dos fumicultores, incluindo a classificação documentada do produto no ato da negociação.
Já a pesagem do fumo, segundo o texto, deverá ocorrer na propriedade da empresa fumageira, sendo acompanhada pelo fumicultor. Caso os fardos excedam, na pesagem, a quantidade negociada entre as partes, a empresa deverá assumir até 30% dos fardos excedentes.

Autora do projeto, a deputada Aline Sleutjes (União-PR) argumenta que, temendo condições climáticas desfavoráveis e outras imprevisibilidades, muitos produtores acabam produzindo mais do que a quantidade prevista em contrato, gerando sobras na pesagem.
“E a venda a terceiros desse excedente nem sempre é fácil ou célere, mas sempre é custosa ao produtor”, diz a autora. “O plantio dos volumes previamente acordados, sem excedentes a serem comercializados de outra forma com terceiros, garante segurança e previsibilidade para a compra da safra pelos contratantes e traz relativa garantia aos compradores”, acrescenta.
Após a assinatura dos documentos de pesagem, as empresas terão sete dias para efetuar o pagamento dos fardos de fumo aos fumicultores ou responsáveis pela venda.
O descumprimento da nova lei, segundo o projeto, sujeita o infrator a multa de 50 Unidades Padrão Fiscal do estado em que se der a transação, sendo aplicada em dobro em caso de reincidência.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Roberto Seabra


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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