POLITÍCA NACIONAL
Projeto permite exploração de rodovias federais no regime de autorização
POLITÍCA NACIONAL

O Projeto de Lei 510/22, do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), permite a exploração e administração de rodovias por meio do regime de autorização. Atualmente, o governo federal só administra rodovias por meio de concessões, obtidas pela competição em leilões.
Paulo Eduardo Martins lembra que o regime de autorizações já é permitido em ferrovias desde o novo marco legal (Lei 14.273/21), sem a necessidade de licitação e submissão ao regime de concessão. “Caso a ferrovia seja construída em área privada, sem desapropriação, demanda apenas um requerimento de autorização a ser analisado pelo Ministério da Infraestrutura”, exemplifica.
O deputado avalia que existe uma enorme demanda no mercado interno interessado pela gestão de trechos de rodovias que não são envolvidos na operação de concessionárias. Conforme observa, os governos do Distrito Federal e Rio Grande do Sul também utilizam autorização para explorar e administrar rodovias estaduais.
Contrato
A exploração da rodovia, por meio da outorga por autorização, será formalizada em contrato de adesão, com prazo determinado, por pessoa jurídica requerente ou selecionada mediante chamamento público e pela União, por meio do Ministério da Infraestrutura.
O requerimento de autorização deve contar com estudo técnico da rodovia com:
– indicação do traçado total da infraestrutura rodoviária pretendida;
– configuração logística e os aspectos urbanísticos e ambientais relevantes;
– características básicas da rodovia com as especificações técnicas da operação compatíveis com o restante da malha rodoviária;
– cronograma estimado para implantação ou recapacitação da infraestrutura rodoviária.
A concessionária rodoviária federal com contrato vigente poderá requerer a adaptação do contrato de concessão para autorização.
A adaptação poderá ocorrer quando uma nova rodovia for construída a partir de autorização outorgada a empresa concorrente. Outra possibilidade é quando empresa do mesmo grupo econômico da atual administradora rodoviária expandir a extensão ou a capacidade rodoviária em pelo menos 50%.
O ministério decidirá sobre a outorga depois de avaliação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a compatibilidade locacional da rodovia requerida com as demais infraestruturas existentes ou outorgadas.
Os pedidos serão negados se forem incompatíveis com a política nacional de transporte rodoviário ou no caso de outro motivo técnico-operacional relevante.
Desapropriações
No caso de desapropriações para obras rodoviárias, os custos e os riscos serão de responsabilidade integral da empresa autorizada. A empresa assumirá o risco integral do empreendimento, sem direito a reequilíbrio econômico-financeiro.
Quando se tratar de projeto de autorização que envolva bem público, o órgão responsável por sua administração deverá manifestar-se sobre sua disponibilidade para posterior cessão ou alienação ao interessado.
Licença ambiental
O Ministério da Infraestrutura poderá cassar a autorização no caso de negligência, imprudência, imperícia ou abandono; prática de infrações graves; descumprimento reiterado de compromissos contratuais ou normas regulatórias; ou transferência irregular da autorização.
A proposta ainda dá prazo para obtenção da licença ambiental prévia, de até três anos; de instalação, por até cinco anos; e de operação, por até dez anos.
A autorização será cassada caso a empresa não cumpra os prazos.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Natalia Doederlein


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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