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Sleeping Giants Brasil não comparece a audiência pública para discutir atuação do grupo

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Aguardados em audiência pública das comissões de Comunicação e de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20), os representantes do Sleeping Giants Brasil não compareceram. A empresa surgiu de um movimento criado nos Estados Unidos para inviabilizar economicamente páginas e perfis de internet que eles afirmam propagar desinformação, discursos de ódio ou intolerância.

Os deputados convidaram os dirigentes para debater se a empresa afronta fundamentos da democracia, como a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.

A reunião ocorreu com a presença do advogado da Jovem Pan, empresa que é um dos alvos do movimento. José Frederico Cimino Manssur disse que a campanha do Sleeping Giants para “desmonetizar” a Jovem Pan utiliza trechos de entrevistas com opiniões fora de contexto, de forma a alegar que a Jovem Pan estaria causando desinformação e propagando fake news.

“Você pode apurar ou não os excessos, mas eles não param aí. O Sleeping Giants, de uma forma que, em tese, a gente pode falar em coação, invade as redes sociais de anunciantes, de empresas que não têm vínculo com governo, não têm vínculo com oposição ou situação. Dizem: ‘Empresa, se você continuar com campanha de Jovem Pan, vamos falar mal da sua marca’. Eles utilizam de coação para atacar um órgão de comunicação, e fazem isso todos os dias.”

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O advogado explicou que a campanha passou a atingir as afiliadas, que não fazem parte da Jovem Pan. Em resposta, a empresa moveu ação contra a Sleeping Giants para que pare de usar a hashtag ‘Desmonetiza Jovem Pan’. Segundo o advogado, trata-se de um crime, uma associação sem fins lucrativos que atua como poder moderador da imprensa brasileira.

A ação movida pela Jovem Pan está suspensa na primeira instância, porque teria relação com o inquérito das fake news, que está no Supremo Tribunal Federal. Outra ação movida pela Jovem Pan, por crime contra a honra, foi encerrada por ausência de justo motivo por decisão do Supremo.

“O que isso tudo significa? Que o Sleeping Giants pode continuar atacar a Jovem Pan. Que o Sleeping Giants pode continuar sendo o poder moderador do Brasil. Hoje é a Jovem Pan, amanhã é qualquer outro órgão de imprensa que de alguma forma não esteja alinhado com o entendimento político-ideológico do Sleeping Giants”, argumentou Manssur.

Pedido do PL
A audiência foi pedida por deputados do PL, com o argumento de que a atividade do Sleeping Giants viola direitos básicos previstos na Constituição Federal, e permite que haja censura nos conteúdos e programações de veículos de comunicação e sites na internet. Para Julia Zanatta (PL-SC), a prática pode configurar “apologia à repressão da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa”.

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“Eu chamo isso de milícia digital, [que é algo de] que sempre nos acusaram, mas que, na verdade, é como esse Sleeping Giants atua: uma milícia tentando ser poder moderador do que é verdade, do que é mentira e para onde vai o dinheiro de publicidade, de empresas, fazendo uma campanha de desinformação, uma campanha de assassinato de reputação e assédio com certas empresas, como é o caso da Jovem Pan”, afirmou.

Diante da ausência dos representantes do movimento, a deputada Bia Kicis (PL-DF) lembrou que no Senado também está marcada uma audiência pública sobre o Sleeping Giants, inclusive com um estudo sobre a atuação do grupo.

“Vamos aguardar que lá aconteça e que esses eventos sejam levados a conhecimento da população, e que a gente possa dar prosseguimento com representações, denúncias, algo que tenha alguma efetividade”, disse.

Os parlamentares que participaram da audiência pública questionam a legitimidade do Sleeping Giants Brasil e acusam o grupo de coagir patrocinadores a suspenderem seus anúncios em diversas páginas sob a “falsa roupagem” de defesa dos consumidores.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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