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Associação quer suspender obra que degradará região na Chapada

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Moradores do bairro Jamacá, em Chapada dos Guimarães, se mobilizaram para que o Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Prefeitura do Município suspendam as obras de drenagem e asfaltamento na região, que irá degradar duas nascentes.

Os membros da Comissão de Defesa da Cabeceiras dos Jamacá citam, em documento, uma “tragédia anunciada” – já que obra semelhante degradou a nascente do córrego Olho D’água e deve fazer o mesmo no ribeirão Jamacá.

“A drenagem das águas pluviais de bairros da periferia de Chapada, situados na região de um complexo de nascentes do ribeirão Jamacá, provocou o colapso ambiental do córrego Olho D’água, outrora exuberante e puro”, afirmou Mario Friedlander, que faz parte da associação.
“Agora querem repetir o erro nas imediações, logo acima das primeiras nascentes do córrego Cabeceira do Jamacá, o principal formador do ribeirão Jamacá e um dos mais preservados de toda a Chapada dos Guimarães. Não podemos permitir que isso aconteça”, ponderou.

Fotos tiradas pelos moradores mostram a área natural com os resíduos, como pneus e diversos sacos plásticos que se prendem nos galhos de árvores e boiam nas águas.

Eles também se assustaram ao encontrarem dezenas de manilhas grandes e pequenas apontando para a região das cabeceiras.

“A destruição dos cursos de água em Chapada dos Guimarães é uma tragédia que vem ocorrendo de maneira silenciosa e invisível aos olhos de quem a visita”, afirmam.

Como medida, a Comissão encaminhou um pedido formal à Sema solicitando que a Secretaria suspenda temporariamente a Licença de Instalação (LI) para que seja feita uma nova vistoria na área.

A fiscalização deve ocorrer com participação de outros órgãos públicos e da comunidade residente no Vale do Jamacá, que será impactado negativamente com a drenagem.

“É necessário e urgente, para exigir que os ecossistemas sejam cuidados e respeitados em projetos de infraestrutura realizados pela Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães e outras iniciativas produtivas que façam uso dos recursos hídricos, que são um patrimônio de todos nós”, alertam.

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Confira a íntegra do documento enviado às autoridades:

“Solicitamos por meio desse documento, a suspensão dos trabalhos de manilhamento para drenagem das ruas do Bairro Nova Chapada, conforme a Licença de Instalação LI Nº 73304/2021 Processo Nº 126907/2021datada de 09/08/2021 emitido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA que autoriza as obras de pavimentação, drenagem e sinalização do Bairro Nova Chapada em Chapada dos Guimarães-MT.

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Degradação poderá ser maior com projeto sem estudo adequado

Nosso pedido, visa tão somente, que seja feita uma nova vistoria por parte da SEMA, com o acompanhamento de outros órgãos e técnicos, além de membros da comunidade residente no Vale do Jamacá, localizado a jusante do empreendimento e que será impactado negativamente pela drenagem superficial proposta no projeto da Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães.

Conforme pudemos verificar no dia de hoje pela manhã, dezenas de manilhas de dois tamanhos diferentes, foram dispostas ao longo de parte do perímetro da Reserva Municipal do Olho D’água, localizado em frente ao Bairro Nova Chapada, essas manilhas também adentram em área particular adjacente a Reserva e ao Bairro, no Lote 34 do Loteamento de Chácaras de Lazer, Jardim Mariópolis, que se localiza sobre uma região de surgências de várias nascentes de água pura que formam o córrego Nascente do Jamacá ( ou córrego Cabeceira do Jamacá), o principal formador do ribeirão Jamacá, localizado mais abaixo.

Duas questões surgiram imediatamente, se o proprietário desse lote autorizou a realização da desmontagem de sua cerca e a terraplanagem de um trecho de sua área para a colocação e futura instalação do manilhamento que será o final da rede de drenagem do bairro, e se ele tem conhecimento dos impactos que essa drenagem vai provocar em sua área de floresta nativa totalmente preservada, que fica no interior da Área de Proteção Ambiental Estadual ou APA da Chapada dos Guimarães.

Além disso, constatamos que no projeto da Prefeitura Municipal, não consta a localização exata do dissipador, que seria construído no final do manilhamento, já fora do bairro e dentro de área natural com várias nascentes nas proximidades. Essa drenagem superficial deve atingir duas áreas de nascentes de dois córregos formadores do ribeirão Jamacá, o córrego do Olho D’água e o córrego Nascente ou Cabeceira do Jamacá.

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Como moradores locais, que estão na área há décadas, sempre lutando por manter os ambientes naturais em boas condições, observamos que a drenagem semelhante, realizada no Bairro São Sebastião e no Bairro Olho D’água, causou o colapso ambiental do córrego Olho D’água, que recebe um volume enorme de águas das chuvas, que por sua vez, levam todo tipo de resíduos sólidos e orgânicos para o leito do córrego, além de provocar a desarticulação das pedras do leito e a erosão acelerada de suas margens.

A falta de dissipadores adequadamente dimensionados, além da concentração do escoamento das águas drenadas no mesmo ponto, provocou o colapso de um muro de arrimo feito de concreto e a destruição da primeira drenagem feita com manilhas que agora entopem o leito do córrego aos pedaços. Também observamos que alguns moradores, aproveitam o escoamento das águas pluviais, para se livrarem do lixo doméstico, e que algumas borracharias fazem o mesmo com pneus danificados que deveriam ser descartados de modo adequado.

O resultado disso, é a perda da qualidade de água que banha e abastece dezenas de chácaras e hortas e a degradação quase irreversível do córrego Olho D’água e do ribeirão Jamacá. Por esse motivo, para que não se repitam os erros grosseiros de engenharia e de saneamento, e para que não se destruam novos mananciais de água ainda pura, que solicitamos que uma nova vistoria seja realizada, mas uma vistoria abrangente, com a participação da comunidade e de outros agentes públicos, que possam opinar e apontar possíveis soluções para a necessária drenagem que se pretende construir.”

FONTE/REPOST: VITÓRIA GOMES – MÍDIA NEWS

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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